A ultrassonografia transabdominal em equinos é um exame praticamente indispensável no dia-a-dia dos profissionais que atuam com cavalos. A técnica é fundamental para o diagnóstico da cólica equina, síndrome considerada uma emergência, podendo, inclusive, levar à perda destes animais.
Além de essencial para a identificação e avaliação dos órgãos abdominais dos cavalos, a ultrassonografia transabdominal também apresenta a vantagem de não ser um método invasivo. Devido a sua importância na rotina clínica de quem atua com cavalos, aprofundaremos no tema a partir de agora.
Saiba quando a técnica deve ser realizada e como ela auxilia no diagnóstico de cólica equina.
Como é realizada a ultrassonografia transabdominal em equinos
A ultrassonografia é um método de diagnóstico que utiliza o eco gerado através de ondas ultrassônicas de alta frequência para avaliar estruturas internas do organismo em tempo real. No caso da realização transabdominal é possível avaliar características interessantes do trato gastrointestinal dos equinos, como a topografia das estruturas, tamanho, características anatômicas, conteúdos intraluminais e motilidade.
O exame é realizado através de uma sonda ultrassonográfica posicionada externamente na região do abdômen. Para melhor avaliação transabdominal o abdômen é dividido em três partes: fossas para lombares, espaços intercostais e região ventral do esterno. Assim, cada região é avaliada de maneira sistemática e dinâmica para garantir imagens de todas as estruturas abdominais do animal.
Uso da ultrassonografia transabdominal em cólicas equinas
A análise do trato abdominal durante o exame transabdominal é extremamente valiosa para diagnosticar a síndrome cólica equina. Durante a ultrassonografia devem ser observados a presença ou ausência de motilidade e de espessamento nas paredes intestinais, analisar qualitativa e quantitativa o líquido peritoneal, avaliar o conteúdo presente nas diferentes porções do trato gastrointestinal, além de realizar uma avaliação de estrangulamento e obstrução, tanto de intestino delgado, como de cólon maior.
Esses resultados aliados aos sinais clínicos de inquietação, sudorese, alterações na postura – como esticar as patas – patear o chão, deitar e rolar e o aumento na frequência do pulso e da respiração, podem fechar o diagnóstico de cólica equina. Quanto antes forem obtidas mais informações diagnósticas, mais cedo resultará em uma intervenção terapêutica e cirúrgica.
Vantagens do diagnóstico por imagem em equinos
Como dito anteriormente, a ultrassonografia transabdominal em cavalos tem como principal benefício não ser um método invasivo. Ademais, optar pelo método também oferece inúmeras outras vantagens:
- Baixo custo
- Técnica segura
- Fácil execução
- Indolor
- Não emite radiação ionizante
- Rápido diagnóstico
- Fornece imagens em tempo real
Aprenda a diagnosticar cólica equina
Ter certeza do diagnóstico da cólica equina requer prática e conhecimento, uma vez que a síndrome é um quadro clínico frequente e desafiador, cercado de muitos mitos. Por outro lado, a doença está entre os principais motivos de consulta veterinária a equinos. Ou seja, é imprescindível que o médico veterinário saiba conduzir desde o diagnóstico até o tratamento. Principalmente porque determinadas causas exigem o encaminhamento do cavalo para um centro cirúrgico no menor tempo possível.
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Fontes: Shop Veterinário 1; Shop Veterinário 2; Revista Veterinária; ROSA, Bruna Karollini da Silva; AMARAL, Carlos Henrique do.
