Terminou há pouco, sem sucesso, a terceira tentativa do governo de leiloar os mais de três mil bois apreendidos na Amazônia, durante a Operação Boi Pirata, realizada em junho na Estação Ecológica da Terra do Meio, no Pará. Mais uma vez, não houve lances. Para o Ministério do Meio Ambiente e o Ibama, os fatores que atrapalharam a comercialização dos bois, nas duas outras tentativas, foram o preço – no último leilão, aberto em 21 de julho, o valor de todos os lotes somados foi de R$ 3,1 milhões, R$ 800 mil a menos que no primeiro leilão –, o custo do transporte do rebanho devido à localização, e o anúncio, feito por políticos da região, de que a retirada do gado não seria pacífica. O Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis informou, agora, que o lance inicial do leilão foi mantido por determinação do corregedor geral da Justiça Federal da 1ª Região, Olindo Herculano de Menezes. Ele entrou com agravo de instrumento contra a proposta do instituto de reduzir em 60% o vFalor inicial após reavaliação de custo operacional para a retirada do gado da área. Segundo ele, o gado estaria abaixo do preço de mercado.