O sinal amarelo já acendeu para os exportadores de milho do país. Além do real valorizado, que acaba desestimulando as vendas externas do produto, os exportadores terão de enfrentar a partir de agora um concorrente mais competitivo no mercado, a Argentina, que voltará a embarcar depois de um período de restrições a suas exportações de grãos. O efeito do real valorizado já aparece nos embarques de milho do Brasil. Entre janeiro e junho deste ano, as vendas externas de milho somaram 2,93 milhões de toneladas, quase 8% menos do que no mesmo período de 2007, quando alcançaram 3,2 milhões de toneladas. A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) estima exportações de 11,553 milhões de toneladas este ano, acima das 10,933 milhões de 2007. Mas dentro do governo há quem avalie que é necessário esperar alguns desdobramentos do mercado para uma estimativa mais precisa.