Uso da punção de linfonodo em cães para diagnóstico de patologias

punção de linfonodo em cães

O diagnóstico de uma série de patologias pode ser feito por meio da técnica de punção de linfonodo em cães. Trata-se de um método de coleta de material para análise citopatológica e histopatológica. Há duas formas: aspirativa e não aspirativa. A biópsia ou punção aspirativa por agulha fina, conhecida pela  sigla PAAF, é muito escolhida por médicos, uma vez que não causa infecções no local, algo que pode ocorrer em raspagens, por exemplo. Além de que são coletadas células de diferentes partes da região para um diagnóstico mais preciso.  

Seus usos acontecem desde os anos 1980 e servem para a diferenciação de hiperplasias, inflamações, neoplasias e degenerações. Os resultados são eficazes e a recomendação para qual dos dois métodos aplicar difere conforme a lesão e a orientação profissional. 

Continue neste artigo e saiba como a punção de linfonodos em cães auxilia na investigação de diferentes doenças. Entenda também como o procedimento é realizado.

Diagnóstico de doenças caninas

Vale salientar que a punção de linfonodo em cães que usa aspiração é indicada para:

  • nódulos que são palpáveis
  • aspiração de fluidos
  • efusões cavitárias
  • coleta de material em órgãos, ossos e glândulas

Um conjunto de patologias pode ser diagnosticado por meio da técnica. Tumores em diferentes órgãos, osteossarcoma, leishmaniose e outras doenças. 

Para análise de tumores ósseos, é fundamental fazer exames histopatológicos. Pesquisas em animais mostram que a pulsão aspirativa é uma técnica exequível para coleta. Além disso, ela serve para outros tipos de neoplasias que acometem pequenos animais. 

Uma das doenças mais complexas para atestar o diagnóstico é a leishmaniose. Nesse caso, o veterinário precisa prescrever exames de análise de parasitas, sorologia e molecular. Com a punção aspirativa, é possível coletar material de diferentes órgãos.

Procedimento de punção de linfonodo em cães

Para realização é preciso usar seringa, agulha e lâminas histológicas. O primeiro passo é a assepsia do local para deixá-lo desinfectado. Deve-se fazer um exame de imagem para saber a região lesionada exata em que o procedimento será feito.

A agulha é engatada à seringa e, em seguida, colocada na parte que deseja coletar material. Em geral, 5 a 10ml são sugados fazendo movimentos dentro da lesão. Recomenda-se não aspirar sangue porque as hemácias atrapalham na análise.

Importante apontar as vantagens da punção de linfonodo em cães. Em ambulatórios, é fácil de ser feita, principalmente em regiões superficiais, tem baixo valor e os laudos ficam prontos rapidamente. Também não precisa de anestesia e causa raros danos ao animal. 

Contudo, há adversidades que devem ser consideradas em cada quadro clínico. Entre elas, destacam-se dificuldades em classificar os neoplasmas, falta de clareza para dar um prognóstico sem examinar outros tecidos, sobretudo pela falta de alcance de tecidos adjacentes ou problemas em vasos linfáticos. Por isso, o profissional precisa ser experiente e capacitado para conduzir o exame e averiguar a saúde do paciente. 

Para aprender mais sobre essa técnica e muitas outras, faça o Curso de Práticas Hospitalares em Pequenos Animais. As aulas práticas apresentam procedimentos que ajudam nos atendimentos da clínica veterinária. O curso vai desde intubação endotraqueal até toracocentese e abdominocentese, passando por métodos mais específicos como terapia transfusional. 

Fontes: Portal Educação; Histopet; Pesquisa Veterinária Brasileira; PubVet.

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