O Brasil é o grande produtor de embriões de bovinos

 

A biotécnica da Fertilização in vitro (FIV) tem por objetivo acelerar a produção de animais geneticamente superiores. Juntamente com a inseminação artificial e transferência de embriões, a FIV é uma técnica responsável pela intensificação do melhoramento genético dos rebanhos bovinos de leite e corte.

 O Brasil é o grande produtor de embriões de bovinos, tanto pelo método convencional de Transferência de Embriões (TE) afresco ou em laboratórios por meio da Fertilização In Vitro (FIV).

Segundo a entidade internacional Embryo Transfer Society (Iets), criada com o propósito de orientar, assistir e fiscalizar o desenvolvimento das pesquisas no campo das biotecnologias reprodutivas, o Brasil é apontado como referência mundial na produção de embriões. O país atualmente é líder mundial na produção de embriões por meio da técnica de Fertilização in vitro (FIV). Segundo os últimos dados da SBTE, esta técnica vem tendo um constante crescimento, tendo sido produzidos no Brasil 196.663 embriões de FIV no ano de 2006, um número quase três vezes superior à produção de embriões pela TE convencional (SBTE, 2007).

A Produção de Embriões in vitro (PIV) envolve as seguintes etapas: Aspiração Folicular (OPU), Maturação Ovocitária in Vitro (MIV), Fertilização in Vitro (FIV), o Cultivo in Vitro e, por fim a Transferência dos Embriões para as receptoras (inovulação).

A Aspiração Folicular Ovariana Guiada por Ultrassom (OPU-Ovum pick-up) é a primeira etapa da PIV. A OPU compreende a obtenção dos óvulos diretamente do ovário das vacas doadoras com o auxílio de um equipamento de ultrassonografia. Os folículos ovarianos visualizados no aparelho de ultrassom são penetrados com uma agulha ligada a um sistema de vácuo, aspirando o conteúdo líquido e com ele o óvulo. Estes óvulos coletados são rastreados, selecionados e envasados para envio a um laboratório onde serão produzidos os embriões.

Pelo método convencional de reprodução por meio das técnicas de Inseminação Artificial (IA), cada vaca doadora pode dar no máximo um bezerro por ano, nas técnicas de TE e FIV o rebanho é multiplicado em número de 15 até 50 crias por ano, respectivamente.

O efeito desse resultado é extremamente positivo para o melhoramento genético do gado, mas só sendo executado por profissionais gabaritados para tal e em condições propícias. O domínio da técnica de aspiração folicular possibilitará ampliar o campo de atuação do veterinário em um mercado de grande potencial e em constante crescimento, garantido boa remuneração por um serviço diferenciado.

 

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