Novos pets

 

Cuidar de um animal de estimação não é tarefa fácil, principalmente se o pet for um lagarto ou uma tartaruga. Esses bichos, aparentemente tão resistentes, precisam de cuidados muito especiais para viver bem, especialmente no inverno ou em épocas de baixa umidade relativa do ar.

Os répteis domésticos são mais sensíveis a doenças em ambientes que apresentam baixas temperaturas.

A médica veterinária especialista em animais exóticos e silvestres, Dra. Nadja Rocha, esclarece um pouco sobre estes animais que cada vez mais ocupa espaço como animal de estimação.

De maneira geral os répteis são animais que aceitam bem o cativeiro, desde que atendidas suas exigências básicas, como temperatura, umidade, higiene e nutrição. A temperatura e umidade para os répteis são variáveis bem importantes, pois um animal mantido em condições inadequadas dificilmente sobreviverá em cativeiro.

O metabolismo dos repteis e dos quelônios (o jabuti e a tartaruga) dependem exclusivamente de sua temperatura e umidade. E como esses animais não conseguem controlar a própria temperatura corporal, apenas procuram os locais com o “clima” mais adequado para ficarem, o cuidado e o ajuste da temperatura de seus terrários é fundamental.

Com a queda da temperatura estes animais param de alimentar e o metabolismo para de funcionar. O dono do animal tem que prestar muita atenção, pois eles não estão hibernando, como muitos acreditam quando isso acontece. Os quelônios e os repteis do Brasil não hibernam, caso eles parem de se alimentar o recomendado é procurar imediatamente um veterinário.

Para quem deseja adquirir um réptil é importante saber que cada espécie de réptil possui suas particularidades de temperatura, umidade, alimentação e higiene. A ajuda de um especialista em animais silvestres e exóticos para lhe dar todas as informações necessárias sobre o animal, de forma segura é essencial.

Os répteis apresentam algumas curiosidades, como exemplo, podemos citar o caso dos lagartos que tem a capacidade de desprender uma parte da cauda como forma de defesa. Esse “fenômeno” se chama autoamputação. O segmento da cauda que é amputada do bicho fica em movimento e distrai o predador enquanto o lagarto foge. Outra curiosidade é relacionada à função da língua do lagarto que o auxilia na deglutição dos alimentos, mas também na umidificação e proteção das córneas desses bichos. Sem contar que ela também é fundamental na exploração sensorial do ambiente. O que explica o motivo pelo qual esse animal vive colocando a língua para fora.