O mercado pecuário avalia se, com a arroba do boi na casa de R$ 90,00 no interior paulista, o que equivale a um preço próximo de US$ 60,00, existe espaço para a carne bovina prosseguir pressionando os índices de inflação neste segundo semestre. As opiniões se dividem. O IPCA, usado pelo Banco Central no sistema de metas de inflação, acumulou 6,06% nos 12 meses encerrados em junho. Nesse período o subitem 'carnes' subiu 37,68%. Para representantes da indústria, a pressão tende a diminuir. Joesley Batista, presidente do JBS-Friboi, empresa que mais abate bovinos no país – cerca de 20 mil/dia –, diz que a alta da arroba em dólar dificulta novos reajustes nos valores pagos aos pecuaristas. Segundo ele, a redução de oferta e a apreciação do real deixaram o boi do Brasil com preço parecido ao de outros mercados, como Estados Unidos e Austrália, e próximo das cotações da Europa.