Incra vai assentar 36 famílias em duas fazendas

Mais duas áreas rurais em Goiás já estão de posse da Superintendência Regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para a instalação de projetos de assentamento. Juntas, as fazendas Frupeg e Campo Limpo/Barreiros têm área de 1.351,34 hectares e capacidade estimada para o assentamento de 36 famílias de trabalhadores sem-terra. No município de Itarumã, no sudoeste goiano, a 360 quilômetros de Goiânia, a fazenda Frupeg tem 558,62 hectares. Com a desapropriação da área, a Cooperativa Agropecuária Mista dos Fruticultores Paulista e Goianos Ltda. foi expropriada do bem. Superintendente regional do Incra, Rogério Arantes disse ontem que está prevista uma reunião para amanhã entre o arrendatário de um parreiral existente no imóvel e trabalhadores sem-terra para discutir uma parceria, o que garantiria renda imediata às famílias. O processo da Frupeg chega ao final após quase dez anos. Proprietária da área, a cooperativa não conseguiu provar os índices de produtividade que poderiam evitar a desapropriação por interesse social. Também pesaram no processo as dívidas contraídas pelos proprietários no Banco do Brasil e que foram pagas. A fazenda Campo Limpo ou Barreiros está localizada no município de Orizona, a 130 quilômetros de Goiânia, no sudeste do Estado. Seu ex-proprietário, agora desapropriado, é Manoel Luiz Santos Correa. Com 792,72 hectares, poderá assentar mais de 20 famílias. A área foi escriturada na quarta-feira passada. O Incra aguarda a emissão das Licenças Prévias pelo Ibama para publicar as portarias de criação dos projetos de assentamento e liberar os primeiros créditos. Chefe da divisão de obtenção de terras do Incra em Goiás, o engenheiro agrônomo Luis Célio Pereira de Azevedo explica que, por decisão do Tribunal de Contas da União, os projetos de assentamento só podem ser criados com as licenças prévias. O Incra também recebeu a posse das fazendas Três Morros e Goianão, nos municípios de Caiapônia e Araguapaz. Com área de 6.446 hectares, os imóveis têm capacidade estimada para assentar 143 famílias de trabalhadores rurais sem-terra. Ainda neste ano, conforme Luis Célio, outras áreas em diversos municípios goianos deverão ser declaradas de interesse social. Processos já são avaliados pela Casa Civil.

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