G-20 rejeita tentativa de países ricos de criar cotas agrícolas

Confrontos entre países desenvolvidos e emergentes, e agora também entre os próprios países em desenvolvimento, anteciparam as negociações de 35 ministros a partir de hoje em Genebra para tentar salvar a Rodada Doha do fiasco total. O G-20, o grupo liderado pelo Brasil, pela primeira vez rejeitou publicamente a tentativa da UE (União Européia), Japão, Suíça e outros protecionistas de criar novas cotas para produtos agrícolas, consideradas um retrocesso para a liberalização agrícola global. A UE quer criar cota inclusive para o etanol, o que limitaria a entrada do produto com tarifa menor a cerca de 142 milhões de litros por ano, ou seja, 5% da média do consumo europeu entre 2003-2005. Basta comparar com a cota que a própria UE acenava para o Mercosul na negociação birregional, de um bilhão de litros por ano. O comissário europeu de Comércio, Peter Mandelson, apareceu em reuniões bilaterais com uma posição considerada insustentável para os emergentes.

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