Estudo aponta que bocejo é contagioso em cachorros

Um estudo publicado no periódico "Animal Cognition” sinaliza que cachorros sofrem "contágio" com bocejos de humanos e os reproduzem à medida que ficam mais velhos, a partir dos sete meses de idade. A pesquisa foi realizada pela Universidade Lund, na Suécia, foi demonstrado ainda que nos filhotes o efeito não foi identificado.

Quando se aproximam da fase adulta os cães mostram tendência a serem suscetíveis ao bocejo humano (efeito chamado de "bocejo contagioso" pela pesquisa), dizem os cientistas. Eles expuseram 35 cachorros entre 4 e 14 meses de idade, sendo 22 machos e 13 fêmeas de diferentes raças, a pessoas desconhecidas e outras com quem possuem vínculos, o dono, por exemplo. No teste, os humanos simularam bocejos e fizeram gestos verdadeiros diante dos animais.

Segundo a pesquisa o vínculo emocional dos cães estudados com os humanos não afetou a força do "contágio". Apenas os cachorros com sete meses de idade ou mais tiveram o efeito de "assimilar" o bocejo.

Para os cientistas, o resultado mostra que os cães devem desenvolver uma capacidade maior de prestar atenção ao que ocorre à sua volta e a identificar estados emocionais em humanos, como o tédio ou a preguiça, à medida que envelhecem.

Os pesquisadores disseram que o “bocejo contagioso" não é apenas um sinal de cansaço. Ele foi demonstrado em humanos, chimpanzés, babuínos e cachorros, e é possível que seja usado como uma demonstração de empatia, ao permitir que o animal imite as respostas dos outros à sua volta.

É a primeira vez que o fenômeno é estudado em filhotes de animais de outras espécies, mas ele já foi identificado em crianças.

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