Escassez de mão de obra qualificada afeta crescimento da inseminação artificial no Brasil

A inseminação artificial é uma tecnologia de reprodução que está disponível na pecuária brasileira desde meados da década de 30, apresentando uma resposta mais rápida na geração de renda na pecuária. Para o produtor recuperar os custos de uma vaca e gerar receita, a fêmea precisa ter um bezerro ao ano. Mas, ainda hoje, apenas 10% das matrizes são inseminadas, segundo o Jornal da Pecuária.

Acredita-se que um dos motivos para a resistência dos pecuaristas está na falta de mão de obra qualificada para o serviço. Para resolver o problema, alguns pecuaristas usam a técnica da Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF).

Apesar de no Brasil existirem várias instituições profissionalizantes que preparam pessoas para realizar inseminação artificial, a falta de mão de obra ainda caracteriza um entrave para o crescimento da prática no país. Em Viçosa, Minas Gerais, são formados cerca de 14 novos inseminadores, por turma, nos cursos oferecidos pelo CPT Cursos Presenciais. Essas pessoas, vindas de várias partes do país, saem aptos para realizar a inseminação artificial. A prática não é restrita a veterinários, e os pecuaristas podem capacitar seus próprios funcionários, minimizando os custos.

Outra dificuldade encontrada pelo pecuarista está na observação do cio das vacas.

A solução para esses problemas foi encontrada na IATF, um aprimoramento da técnica de inseminação artificial. Com a IATF o pecuarista pode determinar em que dia vai inseminar os animais da fazenda. E é feita a aplicação de hormônios, chamados de protocolos, para substituir a observação do cio das vacas.

Com o uso dos protocolos, as vacas podem ser inseminadas até 8 dias após a aplicação dos hormônios.

O custo de um protocolo de IATF gira em torno de R$ 50,00 por animal, somando-se a mão-de-obra, os hormônios e o sêmen. A vantagem é que metade das prenhezes ocorre já no início da estação de monta. Além disso, com a IATF podem ser inseminadas até 300 vacas em um só dia, o que permite ao pecuarista diminuir o intervalo de parto de 18 para 12 meses, programando o nascimento dos bezerros para a mesma época.

 

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