Emergências na rotina clínica veterinária: Como proceder?

Emergências na rotina clínica veterinária: Como proceder?

O médico veterinário deve estar preparado para enfrentar quaisquer emergências na rotina clínica veterinária. Bastante comuns em cães e gatos, situações emergenciais requerem medidas rápidas e precisas, pois têm como principal objetivo salvar a vida do animal. 

Entretanto, identificar a gravidade do caso e saber realizar os procedimentos necessários  requer profissionais bem treinados. Pensando nisso, vamos apresentar alguns passos fundamentais para atender e avaliar o estado do paciente ao longo deste artigo. Saiba mais a seguir. 

Principais emergências na rotina clínica veterinária

Considerando o caráter de urgência, são tidos como emergências aqueles problemas graves que representam riscos de vida. Entre as diversas situações que podem acometer pequenos animais, destacamos:

Acidentes/Brigas

Se soltar e correr ou fugir é muito comum entre cães e gatos. Essas situações podem ser ainda piores quando ocorrem atropelamentos ou brigas entre animais. Como consequência pode haver qualquer tipo de lesão ou fratura. Além disso, dentro de casa também podem ocorrer acidentes com objetos cortantes e, ainda, queimaduras.

Ingestão de corpos estranhos

Os animais tendem a levar qualquer objeto à boca e não são raros os casos em que eles acabam ingerindo. Meias, brinquedos, pedras, cordões, botão, tampinha, medicamentos humanos, produtos de limpeza entre outros, podem causar obstrução quando engolidas. Dependendo das características, o animal pode sofrer graves lesões. 

Intoxicação e reações alérgicas

Bem como a obstrução por corpos estranhos, intoxicações e reações alérgicas devem ser alertas. Ambas podem ocorrer em qualquer idade ou raça de cães e gatos e os sintomas podem ir desde obstrução das vias respiratórias, convulsões a até colapso cardiovascular. 

Obstrução urinária

Normalmente decorrente de uma infecção, muco ou da presença de cristais no sistema renal, a obstrução da uretra é um problema grave que afeta principalmente os gatos machos. Os tutores devem se atentar a sintomas como, inquietude, lamber a genitália de maneira reiterada e urinar em qualquer lugar, além da dificuldade para urinar e prostração. 

Desmaios e episódios epilépticos 

Estes quadros podem ser sinal de uma série de problemas neurológicos graves. Devem ser tratados com muita atenção, pois eles podem aparecer já em casos avançados. Maiores complicações ainda podem causar parada cardiorrespiratória. 

Como agir diante de situações de emergência?

Se possível alguns casos devem ser transportados com o auxílio de uma ambulância hospitalar para maior segurança e qualidade de atendimento. Entretanto, já existe um protocolo pré-estabelecido na veterinária que visa diminuir as mortes e possíveis patologias nos pacientes quando o assunto é emergências na rotina clínica. 

Chamado de ABC, o método vem do inglês e significa A (airway) vias aéreas, B (breathing) respiração e C (circulation) circulação. Em primeiro lugar, a avaliação das vias aéreas consiste em garantir a chegada de ar aos pulmões. Quando este mecanismo natural não acontece, o médico veterinário deve usar técnicas invasivas.

A segunda ação, da respiração, observa a capacidade ventilatória do animal, checando a frequência e os movimentos da caixa torácica. Por fim, a checagem da circulação permite concluir se há hemorragia. Com todas as etapas do protocolo feitas, o médico veterinário pode solicitar exames para avaliar o grau de intervenção necessário.

Importância de uma resposta rápida

As emergências na rotina clínica requerem, antes de mais nada, preparo do profissional. A tomada rápida de decisão durante e após a avaliação salva vidas de pequenos animais. Conheça protocolos, indicações, contraindicações e complicações em urgências com o Curso de Práticas Hospitalares em Pequenos Animais. Seja referência em um mercado restritivo e lucrativo! 

Fontes: CPT Cursos Presenciais; Cachorro Gato; Hospital Veterinário Saúde; Meus animais; Artmed.

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