A cesariana em vacas objetiva a remoção de todos os fetos do útero o mais rápido possível. Ela é indicada nos mais diferentes tipos de distocia e pode ser realizado por diferentes métodos, um deles é a cirurgia realizada do flanco esquerdo.
As causas mais comuns que levam a distocia são a inércia uterina, o tamanho relativamente desproporcional do feto, monstros fetais, má formação do canal do parto devido a fraturas pélvicas prévias, má posição fetal, hidropsia do âmnio e do alantóide, torção uterina e quando existirem fetos enfisematosos.
A cesariana consiste na laparohisterotomia objetivando a extração dos fetos, vivos ou mortos de fêmeas uníparas ou multíparas na época do parto, podendo ser de forma total (histerectomia) ou conservativa.
Quando o procedimento é realizado a tempo e por profissionais capacitados a taxa de recuperação total chega a 95%. Os exames laboratoriais recomendáveis antes da realização da cirurgia são a determinação do hematócrito, concentração das proteínas plasmáticas, densidades específicas da urina e concentrações do nitrogênio sanguíneo derivado da ureia e da glicose.
Vacas que apresentam distúrbios gerais graves não devem passar pelo procedimento, pois podem vir a morrer.
A cesariana pode ser realizada por meio de incisão ventro-lateral do abdome (vaca em decúbito) e de incisão no flanco esquerdo (vaca em pé). Assim como para, na laparotomia pelo flanco a incisão é feita em posição mais ventral em relação ao flanco.
Após a cirurgia alguns cuidados devem ser tomados a fim de evitar agravamentos, pode-se deixar dreno de gaze hidrofílica com antibiótico para prevenir o acúmulo de secreção; aconselha-se recobrir com um curativo de camada fina de algodão ou gaze sobre a ferida cirúrgica presa por material aderente e dez dias após a operação retiram-se os pontos e recobre-se o orifício da sutura com alcatrão.
Também é recomendado o uso de antibióticos e ocotocina.