Com o aquecimento da colheita nas regiões cafeicultoras de Minas Gerais e a escassez de mão-de-obra masculina, que migrou para atividades mais lucrativas, o Sul de Minas está recorrendo ao trabalho feminino, o que já representa entre 30% e 40% do pessoal que lida nos cafezais. Segundo o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Três Pontas, Amador José Alves, esse cenário ocorre em função de as mulheres apresentarem mais disponibilidade para atender à demanda temporária desse setor. Segundo Alves, no período de safra é comum ocorrer grande procura por mão-de-obra especializada para o trato com o grão, mesmo com o uso de máquinas no campo. É que a atividade depende de uma quantidade maior de pessoas para conduzir a colheita diretamente nos cafezais por se tratar de cultivo em áreas montanhosas. Como na colheita do café o valor recebido é calculado conforme a quantidade colhida, a mão-de-obra masculina migrou para atividades de infra-estrutura, que remuneram melhor.