Introdução A brucelose bovina é uma doença de distribuição mundial e de grande importância econômica. O agente etiológico é um bacilo Gram negativo denominado Brucella abortus. As perdas econômicas resultam de distúrbios reprodutivos, principalmente abortos. A brucelose é uma zoonose e causa no homem uma doença denominada febre ondulante. Incidência da Brucelose no Mundo De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a incidência global de Brucelose está estimada em, aproximadamente, 500.000 a cada ano. A Brucelose é encontrada em diversas regiões do mundo: • Região mediterrânea • Oriente Médio • Oeste da Ásia • Partes da África • Subcontinente indiano • Austrália • Partes da América Central e América do Sul • América do Norte Os países envolvidos no processo de erradicação são: • Estados Unidos da América • Canadá • Austrália É difícil erradicar completamente a Brucelose, devido à presença de populações de animais selvagens que atuam como reservatórios. A B. abortus pode ser encontrada em: • Búfalos • Coiotes • Veados • Alces • Guaxinins • Renas • Outros ruminantes domésticos e selvagens Entretanto, não há evidência que estas espécies são fonte de infecção para o gado. Nos Estados Unidos, 37 estados foram declarados como livres de Brucelose. Incidência no Brasil Brucelose ocorre no mundo todo, inclusive no Brasil. O último diagnóstico nacional de situação da brucelose bovina foi realizado em 1975, tendo sido então estimada a porcentagem de animais soropositivos em 4,0% na Região Sul, 7,5% na Região Sudeste, 6,8% na Região Centro-Oeste, 2,5% na Região Nordeste e 4,1% na Região Norte. Posteriormente, outros levantamentos sorológicos por amostragem, realizados em alguns estados, revelaram pequenas alterações na prevalência de brucelose: no Rio Grande do Sul a prevalência passou de 2,0%, em 1975, para 0,3% em 1986; em Santa Catarina passou de 0,2%, em 1975, para 0,6% em 1996; no Mato Grosso do Sul a prevalência estimada em 1998 foi de 6,3%, idêntica ao valor encontrado em 1975 para o território Mato-grossense; em Minas Gerais passou de 7,6%, em 1975, para 6,7% em 1980; no Paraná, a prevalência estimada em 1975 foi de 9,6%, passando para 4,6% de bovinos soropositivos em 1989. Os dados de notificações oficiais indicam que a prevalência de animais soropositivos se manteve entre 4% e 5%, no período de 1988 a 1998.