O presidente da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), Marcos Jank, que está em Genebra acompanhando as negociações da Rodada Doha na OMC (Organização Mundial do Comércio), disse que as discussões sobre a liberalização do mercado de etanol avançaram, principalmente em relação à UE (União Européia), onde o imposto sobre o etanol importado é considerado tarifa e, por isso, passível de ser discutido dentro da rodada da OMC. Já o imposto norte-americano, de US$ 0,54 por galão, é interpretado como instrumento de neutralização de subsídios internos. Segundo Jank, se os Estados Unidos não retirarem o imposto do etanol de dentro de uma categoria de "outras tarifas", onde não há negociação, o Brasil deve abrir um contencioso na OMC contra os norte-americanos, questionando a existência deste instrumento protecionista. "Tudo vai depender de como terminar a Rodada Doha", disse. Em relação à União Européia, Jank disse que o corte esperado na tarifa do etanol de 57% foi substituído por um corte de 19% mais uma cota. Mas a cota sugerida pelo bloco europeu não foi aceita pelos países exportadores de etanol.