Nos primeiros sete meses do ano (janeiro a julho) os embarques australianos já alcançaram 494.941 cabeças. As informações são do Meat and Livestock Australia (MLA). Já o Brasil, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), embarcou 55.300 cabeças em julho último. Um aumento de 55% em relação ao mesmo período de 2009. No acumulado do ano (janeiro a julho) o Brasil exportou 291.206 cabeças bovinas com a finalidade de engorda/abate. Um aumento de 34% em relação ao mesmo período do ano passado, mas 41% menos do que a Austrália. As exportações de ambos, Brasil e Austrália, estão bastante concentradas. Até agora, em 2009, a Venezuela absorveu 69% dos animais embarcados pelo Brasil. No caso da Austrália, 80% das vendas foram direcionadas para a Indonésia. Outro importante cliente brasileiro é o Líbano. Já os australianos estão aumentando as vendas para a China, as Filipinas, a Arábia Saudita e Israel. Por enquanto, portanto, Brasil e Austrália não competem nos mesmos mercados com bovinos vivos, mas essa situação também já foi assim para a carne. Hoje não é mais. Vale lembrar que a Indonésia se abriu, recentemente, para a carne bovina brasileira. E China, Arábia Saudita e Israel já são clientes. Será que podem, num futuro próximo, também passar a comprar gado em pé do Brasil? As possibilidades de ampliação de mercados para os bovinos brasileiros são bastante grandes. Porém, antes de começar a brigar com a Austrália, os exportadores brasileiros devem ampliar a presença na África.