A Província argentina de Santa Fé acaba de aderir à Lei Nacional 26.141 que estabelece um regime para a recuperação, o fomento e o desenvolvimento da atividade caprina. A iniciativa foi aprovada em 8 de maio. Esta lei foi sancionada em 30 de agosto de 2006 e promulgada de fato em 18 de setembro e busca "obter a adequação e modernização dos sistemas produtivos baseados no aproveitamento do gado caprino em um marco sustentável no tempo e que permita manter, desenvolver e aumentar as fontes de trabalho e a sustentação da população rural tendendo à melhor qualidade de vida". Para cumprir a lei, a atividade caprina deverá ser feita mediante o uso de práticas que seguem critérios de sustentabilidade econômica, social e os recursos naturais. Além de estabelecer a autoridade de aplicação, o coordenador nacional e a comissão assessora técnica que porá em marcha a norma, determina a inclusão nos orçamentos seguintes de pacotes de no mínimo de 10 milhões de pesos (US$ 3,30 milhões) para o fomento da atividade. Os responsáveis por projetos de investimentos para a atividade caprina poderão receber apoio econômico para executar o plano; para financiar sua formulação, para contratar profissionais para assessoria; para capacitação de produtores; para subsidiar taxa de juros de empréstimos bancários; realizar estudos de mercado ou de assessoria e desenvolvimento sócio-organizacional. O portal eletrônico Todo Cabra calcula que em 2005, a produção de caprinos deveria ter sido de mais de 5 milhões de cabeças em todo o país e disse que "se tiver uma produção anual estimada superior aos 3,5 milhões de cabritos, com uma média de 10 quilos por unidade, obtém-se um consumo de 200 gramas por habitante por ano, o que mostra uma ampla margem para crescimento". Embora Santa Fé não seja considerada uma Província produtora desta espécie, tem em seu território plantas frigoríficas habilitadas para o abate de caprinos. "A cabra é a vaca dos pobres", disse o agrônomo da Fundapaz, Organização Não Governamental (ONG) de Reconquista que colabora com pequenos produtores para apoiá-los e lhe fornecer sustentabilidade a projetos produtivos, Alfredo Paduán. Técnicos da entidade trabalharam em Santiago del Estero colaborando para a aplicação da lei nacional caprina e agora entendem que sua aplicação pode ajudar a muitos produtores que têm pequenos rebanhos de 40 ou 50 animais. Os caprinos nem são incluídos no censo nacional da Argentina. Em média, cada caprino tem uma parição e meia anualmente e um dos objetivos da Fundapaz é ajudar os produtores a se organizar e melhorar a comercialização. Entre os problemas mencionados está a falta de estabelecimentos frigoríficos tanto para este produto, como para ovinos. Em Santa Fé, tanto a Fundapaz como o Programa Social Agropecuário têm expectativas de poder trabalhar em equipes técnicas para fornecer sustentabilidade ao setor e armar uma rede de comercialização que até o momento é ignorada, tanto pelo Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar (Senasa), como pelos censos agropecuários nacionais, que não incluem ovinos e caprinos. A reportagem é do Ellitoral.com. Em 23/07/08 – 1 Peso Argentino = US$ 0,33091 3,02201 Peso Argentino = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)