O limite de subsídio por produto, que o Brasil considera como um dos maiores ganhos na negociação agrícola, ficou fora da oferta feita ontem por Washington, provocando decepção no agronegócio brasileiro. “O teto de subsídio por produto é mais importante para nós do que esses US$ 15 bilhões de subsídios globais e sem ele não tem jogo”, reagiu André Nassar, diretor-geral do Ícone (Instituto de Estudos do Agronegócio), dizendo que o governo estava avisado da posição do setor. Susan Schwab, a representante comercial americana, confirmou que a oferta não contemplava o teto especifico, mas, ao acabar a entrevista coletiva, insistiu que a oferta era muito boa para o agronegócio brasileiro. Os Estados Unidos podem gastar atualmente até US$ 19,1 bilhões em ajuda a um só produto agrícola. Agora, aceitam baixar esse montante para US$ 7,6 bilhões. Mas, sem teto especifico por produto, a possibilidade de concentração continua.