A biotecnologia promissora: transferência de embriões em bovinos

A Transferência de Embriões (TE) é uma biotécnica baseada no princípio da multiplicação da progênie de fêmeas consideradas superiores dentro de um determinado rebanho. A importância básica para produção animal está na possibilidade de uma fêmea produzir um número de descendentes superiores ao que seria possível fisiologicamente, durante a vida produtiva.

A técnica está há pouco mais de 10 anos no mercado pecuário e fundamenta-se na obtenção de embriões. Uma fêmea de alto valor genético é classificada como doadora, após, é feito a estimulação hormonal dos ovários seguida da inseminação artificial para a obtenção de vários embriões. Os embriões obtidos são transferidos para fêmeas receptoras, com a finalidade de completar o período de gestação.

Avaliando a importância do melhoramento genético do rebanho, a TE proporciona o melhor aproveitamento de uma doadora, multiplicando seu material genético. Assim, uma fêmea que produzia um bezerro por ano tem a possibilidade de produzir de 10 a 20 produtos anuais, sem a necessidade da gestação e parto.

Para que haja sucesso na TE faz-se necessário que os pecuaristas tenham consciência dos seguintes fatores: avaliar o custo/benefício e possuir mão-de-obra adequada, pois, a grande maioria dos criadores não conta com assistência veterinária, além de não ser rotina à realização de exames ginecológicos das fêmeas. Há também a necessidade do controle zootécnico, controle sanitário, controle nutricional, seleção das doadoras e receptoras, conhecer procedimentos de sincronização do cio, colheita de embriões, manipulação e avaliação dos embriões, dentre outros.

Visto dessa forma, a TE trata-se de uma biotécnica complexa que requer experiência e habilidade profissional. Hoje encontram-se poucos profissionais atuando de forma bem sucedida, em relação à demanda potencial do Brasil. Afim de, viabilizar a execução da TE, tornando-se indispensável à qualificação dos técnicos em reprodução animal que almejem introduzir-se nesse campo da biotecnologia. Nesta perspectiva, apenas os criadores com alta produtividade permanecerão de forma competitiva no mercado, pois os que não atingirem níveis adequados de qualidade serão automaticamente marginalizados do processo produtivo.

 

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