A adoção de um manejo inadequado das pastagens traz consequências desastrosas

 

A adoção de um manejo inadequado das pastagens traz consequências desastrosas à economia das propriedades. Entende-se o manejo das pastagens, como a arte e a ciência de planejar e gerir a utilização da forragem disponível, no intuito de se obter o máximo de produtividade animal, sem prejudicar as plantas forrageiras e o meio que a cerca.

Muitos produtores se mostram insatisfeitos com os capins conhecidos, buscando o tão almejado “capim milagroso”, entretanto, a grande maioria adota práticas de manejo das pastagens que não resultam em melhoria dos índices produtivos.

Em muitos casos é possível verificar a redução progressiva na capacidade produtiva das pastagens, até mesmo a plena degradação, levando à necessidade de recuperação que, em geral, encontra o produtor sem recursos, pois o ciclo pobreza dos pastos atinge a economia da atividade, afetando, também, solo, água, gado, além de impactos ao meio ambiente.

Os fatores que abreviam a sobrevivência das pastagens são: má formação das pastagens; capins não adaptados às condições locais; não reposição dos nutrientes; falta de controle das invasoras e manejo inadequado das pastagens (superpastejo ou pastejo inapropriado).

A adoção de medidas em conjunto é fundamental para melhorar as condições das pastagens. Em uma ordem de prioridade deve-se começar pelo dimensionamento da área efetiva das pastagens; redivisão em pastos menores; adoção de práticas de manejo que deem ao capim condições de rebrota e desenvolvimento; controle da quantidade de animais para não haver excesso no pastejo; controle eficiente das invasoras e reposição de nutrientes.

Na agricultura é mais fácil para o agricultor obter lucro, pois ele pode fazer um planejamento, e se não ocorrer intempéries, a colheita ocorre sem problemas. Já na pecuária ocorre que muitos pecuaristas não sabem ou não dá a devida importância ao ciclo dos capins, pois não fez o planejamento alimentar para o rebanho, aí, em épocas de menor oferta de pastos, ou pela aquisição de animais, diante de bom preço, acaba por sacrificar parte de suas pastagens. Perde o momento ideal da colheita de seu pasto (pelo animal via pastejo), perdendo em qualidade e quantidade das pastagens, visto que manejou de forma incorreta, o que, caso não tome medidas posteriores, levará à degradação das pastagens em curto intervalo de tempo.

A alimentação é o fator de maior importância que limita a rentabilidade da pecuária. Com o planejamento alimentar do rebanho feito de maneira correta, o pecuarista obterá ganhos em produtividade animal e dos capins. Em consequência terá o aumento do seu lucro e obterá maior eficiência em sua exploração, se não desperdiçar forragens e ofertar quantidades suficientes de alimentos aos animais, para que possam expressar todo o seu potencial.

O auxílio de um técnico para o dimensionamento da produção de alimentos e utilização de estratégias tais como: utilização de silagem; de feno; diferenciação de pastagens; utilização de adubações e de produção; plantio de forrageiras anuais (milheto, sorgo etc.); utilização da cana-de-açúcar; de resíduos da agricultura (integração lavoura-pecuária); e de resíduos da agroindústria vegetal (farelos, óleos, tortas) são importantes, pois cada região possui características próprias de solo e clima.

O treinamento, capacitação e valorização da mão de obra em todos os níveis, tendo contínua reciclagem, onde o proprietário deverá se incluir, deixando para trás conceitos antigos e profissionalizando sua propriedade, são outras medidas que devem ser adotadas.

Para ser competitivo o produtor deve aproveitar ao máximo as forrageiras existentes no mercado e as que já possuem em sua propriedade, conhecendo suas características, necessidades em reposição de nutrientes e manejo. 

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