Cetose bovina: Dicas para evitar essa doença tão comum

A cetose bovina é consideradas uma das principais enfermidades que atingem o gado leiteiro. Ela também é conhecida também como acetonemia, hipoglicemia ou acetonúria. Uma desordem metabólica que está associada ao balanço energético negativo e a carência de carboidratos precursores de glicoses. Geralmente, ocorre no período do parto de animais com elevada produção.

Além da sua grande prevalência, é de considerável de interesse econômico mundial. Pois, causa um grande impacto na produtividade dos rebanhos chegando a atingir cerca de 15% das vacas em países com alta produção. E mais, além da diminuição considerável na produção de leite, a doença ainda pode causar outros diversos prejuízos, como por exemplo:

  • gastos com medicamentos;
  • despesas com mão de obra;
  • diminuição da taxa de concepção;
  • custos associados ao óbito do animal;
  • aumento da demanda de serviços veterinários.

Para esclarecer melhor, a cetose em bovinos nada mais é do que uma alteração no metabolismo energético que ocorre quando há um excesso na produção e concentração de corpos cetônicos, em função da maior demanda energética para a produção do leite. Então, essa altas demanda de energia no período de escassez de glicose desencadeiam um processo compensatório de divisão de mobilização de gordura e nutrientes.

Os corpos cetogênicos são utilizados como uma fonte alternativa de energia, que são uma espécie de combustível que auxiliam tanto no fornecimento de energia para a produção de leite, quanto para suprir as funções celulares mais básicas.

O que causa a cetose bovina?

Cetose bovina

Durante o período de transição, final da gestação e início da lactação, o metabolismo das vacas é influenciado pelas alterações endócrinas. E, também pelo menor consumo de alimentos, comparado com as suas exigências nutricionais. Assim sendo, quando acontece esse desequilíbrio entre a demanda e a disponibilidade de energia, o animal entra em balanço energético negativo.

A doença ocorre principalmente devido a alimentação com a silagem de menor qualidade. Além disso, dietas com pouca fibra e doenças que ocasionam a diminuição na ingestão de alimentos. Mas, outros fatores podem propiciar seu aparecimento. Como por exemplo, as condições de ambiente e o manejo do animal nesse período de transição. A cetose bovina pode ser classificada em dois tipos, clínica e subclínica. Isto é, com base nos níveis de corpos cetônicos presentes no sangue, urina e leite. E na presença ou não de sinais clínicos.

Confira em seguida as principais diferenças entre elas.

Cetose clínica

Nesse tipo de manifestação, acontece uma ligeira perda de escore corporal, queda da produção de leite, prostração e anorexia. Ainda mais, o animal apresenta uma alta taxa de concentração de corpos cetônicos nos fluidos corporais.

Só que mais importante do que detectar a forma clínica da doença é a identificação do modo subclínico. Visto que, os custos relacionados a este tipo são maiores.

Cetose subclínica

Ela se caracteriza pelo excesso dos níveis circulantes de corpos cetônicos em fluidos orgânicos, como leite urina e soro. Além disso, não apresenta os sinais clínicos entretanto, pode aumentar o ocorrência de enfermidades secundárias, como o deslocamento de abomaso.

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Sinais clínicos da enfermidade

Os principais sinais iniciais da cetose bovina incluem uma queda no consumo alimentar e a redução na produção de leite. A medida que a doença progride o animal pode apresentar:

  • quedas;
  • letargia;
  • fezes secas;
  • apatia ou excitação;
  • distúrbios metabólicos;
  • comportamento agitado e agressivo;
  • lambedura excessiva de metais, comedouros ou a si mesmo.

Em geral, os animais acometidos pela enfermidade ainda podem apresentar um odor de acetona no hálito, urina ou leite.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico consiste na análise pelo médico veterinário dos sinais clínicos. E mais, as informações do histórico do animal, exames clínicos ou testes complementares. Afim de, detectarem a presença de corpos cetônicos na urina, sangue ou leite. Mas, é importante destacar que a identificação precoce da forma subclínica da doença permite uma intervenção e tratamento mais cedo. Certamente, a identificação precoce diminui os impactos causados no sistema de produção.

Já o tratamento é sintomático. Com a finalidade de reverter o quadro hipoglicêmico. Ele envolve a administração de medicamentos via oral e intravenosa que promovem a elevação da glicemia. Ao mesmo tempo, o médico veterinário também pode prescrever vitaminas que estimulam o apetite do animal, facilitando sua recuperação.

Dicas para prevenção da cetose bovina

A principal dica para prevenir essa patologia é o manejo nutricional adequado no período seco e de transição dessas vacas. Dessa forma, o monitoramento do escore corporal é de suma importância. Pois, devido a maior demanda de energia antes da parição, as estratégias para prevenir doenças metabólicas precisam estar focadas em uma dieta balanceada, que supra todas as exigências do animal. Sem contar que, também é preciso adaptar o rúmen para as futuras mudanças nas alimentação durante a lactação.

Para simplificar as dicas podem ser resumidas em 3 passos, confira:

#1 Nutrição adequada do animal durante o fim da lactação e o período seco;

#2 Ingestão de concentrados e rações no início da lactação;

#3 Formulação de rações ideais para o início da lactação;

Viu só como uma dieta balanceada pode ser fundamental para evitar a cetose? Então, se você quer aprender a formular uma alimentação ideal para o gado leiteiro nos mais diversos sistemas de produção ainda focado em resultados lucrativos e de bem-estar animal, você precisa conferir essa dica:

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Fontes: JA Saúde Animal, Bayer Saúde Animal e Dia de Campo

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