A Transferência de Embriões em equinos (TE) é uma biotécnica que vem ganhando cada vez mais destaque em decorrência de suas diversas vantagens. Graças a ela, é possível, por exemplo, otimizar a eficiência reprodutiva e obter o melhoramento genético animal, o que beneficia o crescimento mundial da equinocultura.
Assim, desde sua criação o procedimento vem se aprimorando e hoje ajuda de forma significativa a maximizar a eficiência na criação. Porém, para conseguir alcançar todos os benefícios que a TE em equinos é capaz de proporcionar, é preciso conhecer bem cada etapa da técnica.
Se você deseja se destacar nessa área altamente rentável, você precisa obter mais conhecimento sobre este assunto. Leia este post até o final e entenda o que é a técnica de Transferência de embriões em equinos, como ela é feita e suas vantagens. Confira!
O que é a Transferência de Embriões em Equinos?
Primeiramente ,a Transferência de Embriões na espécie equina é uma biotécnica reprodutiva. Ela consiste na retirada de um ou mais embriões de uma égua doadora para posteriormente transferi-lo (os) para uma égua receptora com ciclo estral previamente sincronizado. Com isso, acelera o potencial produtivo de animais de alto padrão, gerando muito mais potros para o criador em um menor espaço de tempo.
A técnica geralmente é realizada de maneira não cirúrgica, por meio de um lavado uterino transcervical, de 6 a 9 dias após a ovulação da doadora. Essa consiste em depositar o embrião no corpo do útero da receptora com o uso de uma pipeta de inseminação que atravessa a cérvix. É mais utilizada por ser muito menos invasiva, rápida e de alto percentual de prenhez. Porém, a TE também pode ser feita por meio cirúrgico, por incisão ao flanco.
O objetivo final é obter um potro saudável, forte e com melhor desenvolvimento e performance. Para tal, é preciso identificar corretamente todas as etapas que fazem parte do programa e seus componentes primários. Estes são especialmente: a doadora, a receptora, o embrião e a técnica.
Como funciona essa biotécnica?
A égua doadora é sempre selecionada entre animais de melhor potencial genético. Neste animal é feita uma estimulação ovariana para que possam ser liberados diversos oócitos aptos a serem fecundados e, posteriormente gerar um embrião.
Em seguida, a égua é coberta ou inseminada por um garanhão que também deve possuir genética superior. Ou seja, reunir as características desejadas pelo produtor. A doadora e o garanhão devem ser muito bem avaliados e manejados, pois, o material genético desses animais possui alto valor quando comercializado. Além disso, tudo deve correr bem para que o objetivo seja alcançado, ou seja, o sucesso na aplicação da biotécnica reprodutiva.
Porém, é importante se atentar também à receptora. Afinal, é ela que vai carregar o fruto do procedimento. Sendo assim, é considerada como um dos componentes mais importantes da biotécnica, já que não adianta material genético de qualidade se a receptora não tiver boas condições de levar uma gestação.
Por isso, na seleção é fundamental certificar-se que a receptora atenda todas as exigências de qualidade. Além disso, após a transferência, é preciso maximizar o uso das receptoras para que elas tenham uma boa e segura gestação, reduzindo o intervalo entre os partos.
A biotécnica é portanto, composta por uma sucessão de etapas e componentes que merecem a máxima atenção. Isso é fundamental para não comprometer a eficiência do processo.
Fatores que podem influenciar no sucesso da TE em equinos
- Método de transferência;
- Equipe técnica;
- O garanhão/sêmen;
- Tamanho e idade dos embriões;
- Estação do ano;
- Morfologia embrionária;
- Sincronia entre doadora e receptora;
- Idade e histórico das éguas;
- Manejo da receptora.
Vantagens da Transferência de Embriões em Equinos
A técnica de TE em equinos é bastante vantajosa, podendo gerar diversos benefícios para o plantel e consequentemente para o produtor. Entre os principais benefícios estão o fato de uma égua doadora ser capaz de produzir um número elevado de potros ao longo da vida, ou mesmo ao longo do ano. No método convencional, cada animal poderia ter apenas um produto por ano, número que pode ser aumentando significativamente com a TE, melhorando as características genéticas do plantel de forma bem mais rápida.
Outras vantagens da técnica são:
- Possibilidade de gestação de potros de fêmeas doadoras que participam de competições, sem prejudicar o rendimento;
- Melhoramento genético e eficiência reprodutiva;
- Obter descendente de um animal de grande valor genético, que não faz mais parte do plantel (compra);
- Antecipar o ingresso das fêmeas na reprodução;
- Obter potros de fêmeas com alto padrão genético, mas que já estão idosas ou com problemas relacionados à gestação;
- Comercializar embriões ou animais de éguas e garanhões específicos;
- Obter potros de fêmeas valiosas sem comprometer a sua saúde ou seu rendimento;
- Facilitar a avaliação da progênie materna.
Vale ressaltar que, para garantir a eficácia da técnica é fundamental dar atenção a todas as etapas e componentes. Além de contar com uma equipe qualificada e bem treinada. Todos os envolvidos precisam atuar com eficiência e seguir criteriosamente os protocolos estabelecidos. Só assim será possível minimizar erros e aumentar as chances de sucesso.
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Fontes: Revista Brasileira de Reprodução Animal, Ciência Animal, Shop Veterinário.