A área da reprodução equina é uma das mais rentáveis da medicina veterinária. Ao passo que, os embriões ou o sêmen de animais com grande valor genético são comercializados por um alto preço. Mas, apesar de ser altamente valorizado, o profissional que optar por trabalhar nesse segmento se depara com uma grande concorrência e dificuldade de se estabelecer profissionalmente.
Por essa razão, deter o conhecimento do manejo reprodutivo correto e da manipulação das biotécnicas é imprescindível para o sucesso na reprodução equina. Ainda mais, para alcançar o tão sonhado espaço de destaque na área o profissional também precisa dominar o uso dos equipamentos necessários em cada uma das etapas.
Por isso, você, médico veterinário, deve investir seriamente no capacitação na área se quiser se destacar em meio a feroz competição mercadológica. Quer saber como ter sucesso com a reprodução equina? Então, confira nesse artigo as principais técnicas utilizadas e ainda algumas dicas para você se destacar nessa área muito lucrativa. Vamos lá!
Principais técnicas de reprodução equina
Com os avanços da tecnologia e disseminação maior do conhecimento científico acerca das técnicas reprodutivas, a monta natural vem perdendo espaço. Para que o processo de reprodução seja bem sucedido é necessário conhecer todos os influenciadores neste processo. Por exemplo, o período de ovulação da égua, condições de clima, pastagem e outros detalhes que influenciam.
Portanto, antes da aplicação de qualquer biotécnica é necessário que o animal passe por uma avaliação para determinar se estão ou não aptas a serem fecundadas. Ainda mais, é preciso analisar se a égua possui condições de levar a gestão adiante. Isto é, sem nenhuma complicação ou abortos.
Outro ponto importante é a necessidade da observação do cio da égua, que causa algumas alterações. Tais como:
- micção frequente;
- cauda levantada;
- perda de apetite;
- colo do útero relaxado;
- congestão do órgão genital.
Mas, é importante salientar que a compreensão de todas as fases do processo reprodutivo dos equinos pode aumentar significativamente a produtividade do rebanho. Em outras palavras, a eficiência é potencializada com a escolha correta da técnica de reprodução. Confira as principais:
Palpação Retal
A palpação retal, ou transretal, é uma das técnicas mais tradicionais relacionados à reprodução equina. Ela é usada em atendimentos clínicos e na avaliação do trato genital do animal. Assim, é essencial para observar a anatomia dos órgãos e o desenvolvimento folicular.
Para fazer a palpação retal é necessário que o médico veterinário introduza a mão e o braço no reto do animal. Assim, consegue verificar os órgãos da região e atestar a sua capacidade reprodutiva. Entretanto, para observar com acurácia elevada, o ideal é unir a palpação com a ultrassonografia.
Avaliação reprodutiva
Os cavalos podem se reproduzir a partir dos 18 meses de idade. Mas, a gestação em equinos jovens não é recomendada uma vez que pode prejudicar o desenvolvimento da égua. Por essa razão, o ideal é que a reprodução nos machos se inicie por volta dos 3 anos e nas fêmeas, entre 3 a 5 anos, dependendo do estágio do seu crescimento.
Inegavelmente, avaliar a capacidade e a saúde reprodutiva das éguas é importante para determinar se elas estão aptas a serem fecundadas. Além disso, é preciso avaliar se o animal possui condições de levar a gestação adiante, sem risco de complicações ou abortos espontâneos.
Já no que diz respeito aos machos, o ideal é fazer um exame andrológico. Essa avaliação consiste em investigar de forma detalhada, todas as características reprodutivas dos garanhões. No exame andrológico, o médico veterinário deve avaliar os órgãos reprodutivos, a qualidade do sêmen, as condições físicas do garanhão (tendões, musculatura) e também demais aspectos da saúde que possam influenciar no desempenho durante o período da monta ou coleta de sêmen.
Transferência de Embriões em Equinos
A transferência de embriões em equinos, famosa pela sigla (TE) é uma das principais biotécnicas ligadas à reprodução equina. Visto que, essa técnica consegue produzir múltiplos potros por uma matriz durante o ano. Assim, as fêmeas de maior valor zootécnico são mais aproveitadas.
Esse processo consiste na colheita de um ou mais embriões de uma égua geneticamente, na qual é chamada de doadora e transfere-se esse embrião para o útero de outra fêmea, denominada receptora. Por fim, será esse animal que levará a gestação até o nascimento.
Sem dúvida, a TE é extremamente lucrativa. Mas, para a sua realização, o médico veterinário não pode deixar de observar alguns parâmetros fundamentais para obter resultados positivos. Como por exemplo, a saúde e bem estar geral dos animais.
Podemos destacar algumas vantagens da TE:
- geração de maior número de bezerros anualmente;
- conciliar a vida de um animal atleta com a reprodução;
- aumento das características importantes para a produtividade.
Ainda tem mais, a TE, atualmente é a técnica mais acessível e de melhor aproveitamento genético da fêmea bovina. Por certo, ela possui esse título por conseguir otimizar o uso do animal, aumentando o número de ancestrais da égua doadora. Ainda mais, seu uso possibilita a expansão rápida de estoques genéticos dos animais privilegiados.
Inseminação Artificial
Já a Inseminação Artificial (IA), baseia-se na inserção do sêmen coletado de um garanhão no útero da fêmea por meio de materiais apropriados. Ela tem o objetivo de aumentar a quantidade de progênies de um mesmo macho em uma mesma estação de monta. Entretanto, neste caso a fecundação acontece naturalmente a intervenção do homem fica limitada apenas na preparação do cio e na introdução do sêmen.
Entre as diversas vantagens da IA em equinos podemos citar:
- agilidade no melhoramento genético;
- aprimoramento do controle zootécnico;
- facilidade no cruzamento entre animais geograficamente distantes;
- diminuição da perda de espermatozóides (se comparado a monta natural).
Como a técnica requer muita precisão, naturalmente exige um profissional capacitado para aplicá-la.
Ultrassonografia
Sem dúvidas, o uso da ultrassonografia é fundamental na reprodução equina. Um exame moderno e pouco invasivo que tem garantias de maiores chances de acertos. Isto é, se o médico veterinário, tiver um bom treinamento.
A ultrassonografia ainda é muito utilizada no diagnóstico precoce de gestação. Pois, seu uso possibilita detectar a gestação a partir de 15º dia após a fecundação. Ainda mais, com o aparelho é possível verificar toda a estrutura interna do animal em tempo real.
Com o uso da ultrassonografia ainda é possível:
- realizar a sexagem fetal;
- constatar a quantidade de fetos;
- analisar a viabilidade do nascimento;
- identificar diversas patologias reprodutivas;
- avaliar órgãos reprodutivos na andrologia equina.
Ainda tem dúvidas sobre qual é a melhor técnica para o diagnóstico de prenhez equina? Então, você não pode deixar de conferir esse artigo: [Gestação Equina] Ultrassom ou Palpação? Qual é o método mais eficiente?
Como obter sucesso na área?
Com conhecimento! Seria impossível iniciar esse tópico sem colocar essa palavra em destaque. O mercado de reprodução equina está cada vez mais aquecido no Brasil. Ao passo que, o país é um grande exportador de biotécnicas reprodutivas sendo o vice-campeão mundial em uso de biotecnologia aplicada à reprodução de equinos. Entretanto, como já mencionamos, por ser uma área extremamente rentável é bem concorrida.
Então, para se destacar na área é necessário que o médico veterinário invista em capacitação. Só que muitas vezes esse conhecimento não é adquirido na graduação.
Por isso, o ideal é fazer um curso cursos de capacitação ou pós-graduação em reprodução equina. Assim, o profissional vai ter acesso ao aprendizado profundo de todas as técnicas demandadas na área. Sem contar com o aperfeiçoamento prático, essencial para o seu bom desempenho e sucesso profissional.
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Fontes: Escola do Cavalo e Shop Veterinário