Você sabe o que é a sexagem fetal em equinos e sua importância na reprodução? Trata-se de um método usado para saber, antes do nascimento, qual é o sexo do animal.
É fundamental avaliar alguns critérios para realizar o procedimento, como a saúde da fêmea e a idade gestacional. Diante disso, há diferentes formas de realizar a técnica, sendo que o exame de ultrassom transretal e transabdominal é altamente usado, bem como traz vantagens na precisão do diagnóstico.
Neste texto, você saberá o porquê de realizar a sexagem e quais são os procedimentos disponíveis. Médicos veterinários precisam conhecer a equinocultura e saber realizar o atendimento de modo a assegurar a gestação da égua.
Por que é realizada a sexagem fetal em equinos?
A sexagem fetal em equinos precisa ser feita para identificar se o potro é macho ou fêmea. Apesar de ser pouco usada em haras, é fundamental realizar a técnica, uma vez que crescem as possibilidades de criação e ajuda no manejo realizado em criadores. Investir nesse setor é uma ação ideal para médicos veterinários que almejam se destacar na área.
Convém apontar que sua aplicabilidade está diretamente relacionada à lucratividade da propriedade. Por isso, a tendência é que o método seja cada vez mais procurado, visto que ajuda a decidir a entrada dos animais em leilões, na estimativa de valor, em quanto será gasto para sua criação e em outros detalhes relacionados à vida do cavalo.
Segundo estudo publicado na Revista Brasileira de Reprodução Animal, parte dos profissionais desconhecem a sexagem fetal em equinos e não aplicam no cotidiano clínico. Desconsiderar o procedimento é errado e só atrapalha nas questões comerciais.
Há diferentes formas de determinar o sexo fetal. A seguir, confira as duas principais.
Tipos de procedimentos
A sexagem fetal em equinos pode ser feita com uso de ultrassonografia. Há duas formas: reconhecimento a partir da genitália externa e gônadas do feto ou do tubérculo genital.
Identificação das gônadas fetais e genitália externa
Realizado com 90 a 220 dias de gestação da égua, o médico veterinário usa o ultrassom transretal ou transabdominal para saber como são as gônadas fetais e as genitálias externas do animal. O exame de imagem consegue identificar se o potro é macho ou fêmea a partir da visualização do pênis, uretra, testículos e saco escrotal ou vulva, mamas e ovários.
Para as fêmeas com mais tempo de gravidez, deve-se usar o método transabdominal. Ele é ideal pela menor aceitabilidade do toque no reto e também pelo fato de o feto estar posicionado de outro modo.
Identificação do tubérculo genital
Trata-se de uma técnica feita para gestações recentes, ou seja, entre 55 e 70 dias depois da fecundação. O tubérculo genital é a parte inicial do pênis ou do clitóris no progresso do embrião e, a partir de sua exibição no exame de imagem, é possível saber se é macho ou fêmea.
O médico veterinário precisa estar apto para interpretar as imagens. Os machos apresentam o tubérculo perto do cordão umbilical. Já as fêmeas, próximo à cauda.
Cabe salientar que esse procedimento é feito no intervalo de tempo indicado, visto que possibilita a visualização mais nítida. Com o desenvolvimento, o líquido fetal joga o útero para o abdômen e diminui a chance de identificar depois de 77 dias.
Uso de ultrassom no período gestacional
O exame de imagem com resultados precisos e imediatos mais usados na clínica veterinária é o ultrassom. Com ele, é possível acompanhar a gestação da égua desde o desenvolvimento do embrião e na escolha sobre as próximas etapas de cuidados com os animais.
Na equinocultura, a ultrassonografia proporciona maior precisão para saber como o manejo será feito, identificar sinais clínicos que evidenciam problemas nas fases gestacionais e também aplicar a técnica para a reprodução.
Para aprender na prática como diagnosticar gestações e problemas em cavalos, faça os Cursos de Ultrassonografia e Palpação Retal em Equinos. Serão apresentados os principais conceitos ligados à fisiologia animal, a interpretação dos resultados do exame e suas aplicações.