Os equinos estão inseridos em diversas atividades no Brasil, contudo, a eficiência econômica depende diretamente do desempenho reprodutivo desses animais. Assim, estudos sobre hormônios da reprodução equina e sua influência têm se tornado cada vez mais frequentes.
Como em toda cadeia animal, diversos mecanismos se unem para possibilitar uma reprodução segura. No caso dos equinos, a terapia hormonal se apresenta como um método-chave para bons resultados.
Veja a seguir um pouco mais sobre a fisiologia da égua, com destaque aos hormônios que são fundamentais nas funções reprodutivas. Se interessa pelo assunto? Continue a leitura do artigo.
Fisiologia reprodutiva das éguas
O aparelho reprodutor da égua é composto pela vulva, o vestíbulo, a vagina, o cérvix, o corpo e os cornos uterinos, os ovidutos e ovários.
As fêmeas atingem a puberdade entre os 14 e os 18 meses de idade. No entanto, só poderá realizar a primeira cobertura quando estiver fisicamente apta, geralmente, com 24 a 36 meses de idade, pois nessa fase ela já alcançou equilíbrio hormonal e desenvolvimento físico suficiente para sustentar a gestação.
A égua é classificada como poliéstrica estacional de dias longos, o que significa que sua atividade reprodutiva é expressa nas estações de primavera e verão, período em que a incidência luminosa é maior.
Com o objetivo de aumentar a eficiência reprodutiva e obter um potro por ano, diversas biotécnicas podem ser adotadas. Mas, para isso, é necessário conhecer quais as funções dos hormônios na reprodução.
Principais hormônios da reprodução equina
A atividade sexual nos equinos é iniciada e mantida por fatores hormonais, nutricionais e genéticos. A preocupação em manter os níveis hormonais adequados traz benefícios que vão desde a possibilidade de tornar o ambiente uterino propício ao desenvolvimento embrionário até o auxílio no tratamento de infecções uterinas.
Além disso, a quantidade certa de cada hormônio contribui na utilização de biotécnicas, como inseminação artificial (IA), transferência de embriões (TE), congelamento de embriões, fertilização in vitro (FIV) e vitrificação de embriões.
Entre os hormônios que mais influenciam a qualidade da reprodução equina estão:
- GnRH
- FSH e LH
- Progesterona
- Estrogênio
- ACTH
GnRH
O hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH) atua na hipófise anterior. Ele estabelece a ligação entre o sistema humoral e os sistemas endócrino e nervoso, de modo que, em resposta à estimulação nervosa, pulsos de GnRH são liberados no sistema porta-hipotálamo-hipofisário induzindo a hipófise anterior a liberar LH e FSH.
FSH e LH
Os hormônios do folículo estimulante (FSH) e luteinizante (LH) atuam diretamente nos ovários determinando o recrutamento, a seleção, a dominância folicular, seguida pela ovulação. Nas éguas, o FSH é responsável pelo crescimento dos folículos ovarianos. Já o LH proporciona a maturação final do folículo pré-ovulatório, a indução da ovulação e o início da formação dos corpos lúteos (primário e secundário).
Progesterona
A progesterona é o progestágeno natural secretado pelas células luteínicas do corpo lúteo, pela placenta e pelas glândulas adrenais. Sua secreção é estimulada primariamente pelo LH, e suas funções são: Promover o encerramento dos sinais de estro, manter a fêmea não receptiva ao macho, preparar o útero para receber o embrião e manter a gestação inicial aumentando a atividade secretora das glândulas endometriais e a tonicidade uterina.
Além disso atua como um importante regulador do ciclo estral, pois inibe a liberação episódica de LH em níveis elevados.
Estrogênio
Os estrógenos são hormônios esteróides associados aos sinais de estro e produzidos, principalmente, pelos folículos ovarianos e pela unidade feto-placentária. Em éguas, a secreção folicular de estrógenos atinge o pico um ou dois dias antes da ovulação.
ACTH
A liberação de hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) pela adenohipófise fetal estimula a glândula adrenal a produzir cortisol. Sua liberação possibilita a progressiva redução de espaço no ambiente uterino.
Melhoramento genético na reprodução equina
Como vimos, os hormônios são fundamentais nas principais biotecnologias, como na Transferência de Embriões (TE). A prática permite a multiplicação do material genético de fêmeas de alto valor genético.
A TE consiste na estimulação hormonal dos ovários da fêmea doadora e toda sua complexidade pode ser entendida por meio de um treinamento teórico-prático, de forma intensiva e bem orientada. Faça sua inscrição no Curso de Transferência de Embriões em Equinos e seja parte de um mercado profissional restrito e de alta valorização.
Fontes: Portal Agricoline, D.R. Faria , A. Gradela, H.G.O MAIA, N.J.F de OLIVEIRA, L.F CROCOMO.