Trabalhar com biotecnologias na área de reprodução de animais pode ser bastante lucrativo. A transferência de embriões, por exemplo, é uma opção que vem se popularizando cada vez mais no mercado. Entretanto, alcançar a eficiência do programa de TE em equinos depende de inúmeros fatores.
Um bom médico veterinário precisa conhecer as estratégias corretas, direcionando-as para a necessidade de cada animal da propriedade. Se assim como os profissionais que dominam as biotécnicas de reprodução, você também quer saber mais sobre alcançar melhores resultados com a transferência de embriões, continue a leitura desse artigo e tire suas dúvidas sobre o tema!
O que é a transferência de embrião
A transferência de embrião ou TE é uma biotécnica que consiste em retirar um embrião do útero de uma égua doadora e transferi-lo para o útero de uma égua receptora, com o objetivo de obter mais de um potro ao ano por fêmea.
A TE é, sem dúvidas, a técnica aplicada à fêmea que mais proporcionou avanço em criatórios. Além da eficiência reprodutiva, também possibilita o melhoramento genético. O programa é composto pela etapa de seleção e preparação da égua receptora, sincronização da ovulação entre doadoras e receptoras, cobertura ou inseminação artificial da égua doadora, colheita do embrião da doadora, para somente depois realizar a procura, envase e a transferência para a égua receptora.
Quando bem sucedida, a TE permite aumentar o volume de vendas de coberturas de garanhões consagrados e comercializar ovócitos e embriões. Mas para que isso aconteça é necessário trabalhar alguns pontos.
Estratégias que aumentam o resultado do programa de TE em equinos
A complexidade da transferência de embriões é relativamente baixa quando comparada com outros programas reprodutivos. Porém, alguns fatores na equinocultura influenciam diretamente o sucesso de um programa de TE em equinos. Entre eles, merecem destaque o manejo, a técnica de transferência, o sêmen escolhido e o profissional
1. Manejo
O manejo reprodutivo engloba uma série de fatores que são fundamentais para a qualidade de vida dos cavalos. A fêmea equina é um animal poliéstrico-estacional, isto é, apresenta certa inatividade ovariana no período de pouca luminosidade no inverno. Sua eficiência reprodutiva está ligada à luminosidade, a nutrição e a temperatura.
É indicado que o veterinário focado na clínica equina conheça o comportamento da fêmea, bem como o período de reprodução, o cio, a ovulação, a prenhez e o parto. Já nos garanhões também é preciso mostrar boa capacidade reprodutiva. Ou seja: selecionar os que apresentem características mínimas aceitáveis para inseminação. Essas condições podem ser avaliadas através do exame andrológico.
O manejo nutricional deve ser na forma de pastagem de boa qualidade, fenos ou rações concentradas. O fornecimento de alimentos inadequados, além de prejudicar o desenvolvimento, em função da má formação óssea, aprumos deficientes por excesso de peso e mesmo cólicas, traz consequências à reprodução.
2. Técnica de transferência
Os embriões equinos são transferidos ou inovulados por dois métodos: o cirúrgico, por incisão no flanco e o não-cirúrgico via transcervical. O método não-cirúrgico é mais prático e mais simples, logo é mais utilizado. Nele é extremamente importante evitar a contaminação do útero, além de assegurar o mínimo de dilatação e traumatismo do cérvix. Dificuldades em passar o cérvix estão associadas a uma provável causa de falha no estabelecimento de gestação.
Por outro lado, a técnica cirúrgica trata-se de uma intervenção de caráter invasivo, demandando profissional altamente qualificado, equipamentos especiais e medicamentos (inclusive no pós-operatório), o que onera seu custo. Apesar disso, algumas pesquisas demonstram que as transferências cirúrgicas obtêm maiores taxas de sucesso.
3. Sêmen
A qualidade do sêmen do garanhão é um dos fatores chaves para a eficiência da TE em equinos. A escolha dos garanhões é baseada em suas características morfológicas, a performance atlética e a fertilidade. Todas essas informações podem ser obtidas a partir do exame andrológico.
4. Equipe técnica
O profissional responsável pelo plantel precisa conhecer a técnica e saber quais fatores podem interferir na eficácia do programa de TE em equinos. Somente com atualização na área e boa infraestrutura será possível atingir a máxima no resultado final. Seja o médico veterinário que o mercado procura com o Curso de Transferência de Embriões em Equinos!
Fontes: CPT Cursos Presenciais; Apostila TE equino;C. A,L; Embrapa; T. J;