A melhora das taxas de reprodução por meio de biotecnologias, como a aspiração folicular em éguas, vem trazendo benefícios genéticos e possibilitando o aprimoramento de determinadas características nos animais. O setor de reprodução equina segue em expansão no país e adotar métodos eficazes é fundamental para lucratividade, geração de empregos e movimentação da economia.
A aspiração folicular em éguas proporciona o uso de oócitos de uma fêmea, com grande potencial genético, ainda que o animal não tenha possibilidade de reproduzir. Por exemplo, éguas mais velhas, com infertilidade ou subférteis, e praticantes de atividades físicas.
Continue a leitura deste artigo para conhecer mais informações sobre a técnica e os modos de realizá-la. Além disso, entenda o papel da ultrassonografia no manejo reprodutivo.
Procedimento de aspiração folicular em éguas
Por meio da utilização dos oócitos de éguas com características genéticas superiores, é possível gerar animais descendentes que poderão herdar os mesmos potenciais de origem materna. Isso significa que a aspiração folicular em éguas garante que fêmeas impossibilitadas de reproduzir, por problemas diversos, como de ovulação, alterações hormonais ou dificuldades no desenvolvimento embrionário, por exemplo, porém com elevado grau genético, sejam doadoras para outras.
O médico veterinário especializado em reprodução equina deve proceder com a estimulação hormonal nas fêmeas doadoras e nas receptoras no sentido de desenvolver os oócitos e os folículos. O acompanhamento é primordial para otimização do método.
A aspiração folicular em éguas deve ser feita através da introdução do aspirador pela vagina de modo paralelo à cervix. Para tanto, o profissional precisa do ultrassom, visto que o transdutor permite o desenvolvimento eficaz do processo. São recomendados dois transdutores para ver o folículo e seguir a guia pelo aparelho reprodutor da fêmea. Em seguida, alinha-se a agulha de aspiração ao folículo. O ovário é manipulado pela via retal da égua e, assim, é feita a aspiração.
Atualmente, o manejo reprodutivo pode contar com outras biotecnologias que trazem vantagens aos produtores. As técnicas de produção de embriões in vivo e in vitro, assim como a transferência de embriões e a injeção de sêmen intracitoplasmática, podem ser combinadas nos plantéis e, assim, oferecer melhorias genéticas e reprodutivas.
Ultrassom na coleta dos oócitos
Como descrito no procedimento, o uso do aparelho de ultrassonografia é fundamental para que a aspiração folicular em éguas seja conduzida com segurança e precisão. Por meio das imagens geradas, o médico veterinário consegue manipular os equipamentos com assertividade e preservar o bem-estar do animal.
Indica-se o uso de um equipamento moderno, bem como conferir a faixa da frequência a ser empregada e os transdutores. Cabe destacar que a ultrassonografia também pode ser aplicada no acompanhamento gestacional da égua, desde o crescimento embrionário até os últimos momentos da gravidez. Além disso, permite descobrir alterações clínicas nas fases gestacionais e auxilia no desenvolvimento do manejo adequado.
Investir em capacitação profissional para reprodução equina traz benefícios para seu desenvolvimento profissional, de sua clínica e dos pacientes atendidos. Os Cursos de Ultrassonografia e Palpação Retal em Equinos oferecem aulas teóricas e práticas para você conhecer a fisiologia reprodutiva, o uso do exame ultrassonográfico e o diagnóstico de gestação.
Fontes: Shop Veterinário; Cavaleiro News; CBRA; Rural Pecuária; Pubvet.