A preocupação de grande parte dos produtores é manter o rebanho livre de problemas de saúde. Decerto, grande parte das doenças em equinos são provenientes de vírus e bactérias diversas. Mas, muitas delas podem ser evitadas se as medidas de manejo nutricional e sanitário forem tomadas no tempo certo.
Um exemplo bem simples para preveni-las é amamentar o cavalo com a maior quantidade de colostro possível. Isto é, durante as primeiras 36 horas de vida. Essa ação aumenta significativamente sua imunidade passiva. E mais, o uso de vacinas tem se mostrado extremamente eficiente na prevenção de enfermidades provenientes de vírus comuns ou bactérias.
O fato é que existem doenças em equinos que podem causar um simples desconforto ou até mesmo levar o animal ao óbito. Veja neste artigo as principais dicas de prevenção e as doenças mais comuns do rebanho equino.
Como prevenir as doenças em equinos
Grande parte das doenças em equinos são facilmente prevenidas com a higienização das instalações dos animais. Sendo assim, é preciso limpar o local periodicamente, ainda mais se a fazenda estiver enfrentando algum surto de doenças. Além disso, tal medida ainda proporciona maior bem estar ao animal.
Outra ação de prevenção é combater periodicamente todos os ecto e endoparasitas. Isto é, carrapatos, mosquitos, bactérias com carrapaticidas disponíveis no mercado, por exemplo. Visto que, realizar exames periódicos como o de fezes, para verificar a presença de endoparasitas também é um método preventivo extremamente eficaz. Além disso, a manutenção correta das baias também reduzem os riscos de acidentes e ajuda a manter a boa saúde do cavalo.
É preciso que o criador fique atento à qualquer mudança no comportamento do animal. Ainda mais, é importante que o profissional que lida com esses animais esteja preparado para se deparar com situações emergenciais, antes que o veterinário chegue e reconheça prontamente os primeiros sinais de doenças. Uma dica nesses casos é fazer um curso de Primeiros Socorros em Equinos
Principais doenças em equinos
Influenza equina
É uma doença extremamente contagiosa, também conhecida como tosse cavalar. Seu agente etiológico é a influenza A, porém com algumas variações. Geralmente, acomete os equinos nas épocas mais frias do ano e seus principais sinais são:
- febre;
- respiração ofegante;
- perda de apetite;
- corrimento nasal;
- tosse;
- inflamação na garganta.
A influenza equina acontece principalmente em locais em que os animais estão aglomerados. Por causar diversos prejuízos econômicos é importante que você mantenha a vacinação do seu rebanho em dia, que é a melhor forma de prevenir a doença.
Encefalite equina
A enfermidade é transmitida por vírus de morcegos, carrapatos e outros animais que se alimentam do sangue dos cavalos. É importante destacar, que o contágio da encefalite equina ocorre nas vias nasais e digestivas. Ao ser contaminado, a doença atinge o sistema nervoso central do animal, causando diversas alterações, tais como:
- sonolência;
- dificuldade de locomoção;
- pálpebras caídas;
- emagrecimento rápido;
- hipersensibilidade ao ruído e ao tato.
O tratamento da enfermidade consiste em retirar o animal dos trabalhos e colocá-lo em um ambiente tranquilo, escuro e limpo.
Gurma equina
É causada por bactérias e afeta principalmente a respiração dos animais. O contágio é realizado pelo contato direto entre os equinos enfermos e saudáveis por meio de camas, forragens e outros ambientes compartilhados.
Por atingir cavalos de qualquer sexo, raça ou idade é importante ficar atento aos seus sinais:
- secreções nasais;
- emagrecimento;
- falta de apetite;
- abcessos na região da mandíbulas e pescoço.
Anemia infecciosa em equinos
A doença acontece pela transmissão de vírus realizado por mosquitos, que ao se alimentarem do sangue de cavalos doentes, carregam o vírus da anemia infecciosa. Então, ao picarem animais saudáveis a doença é transmitida.
A anemia infecciosa em equinos pode atingir animais de qualquer raça, idade ou sexo. Mas, é bem comum em ambientes úmidos e em regiões florestais. Entre os seus principais sinais podemos destacar:
- febre;
- cabeça baixa;
- perda de peso;
- respiração ofegante;
- dificuldade de locomoção.
Agora que você já conheceu as principais doenças em equinos e seus principais sinais, trataremos no próximo tópico sobre como você pode realizar a prevenção, confira!
Cólica equina
Também conhecida como abdômen agudo, a cólica equina é uma desordem relativamente comum do sistema digestivo que afeta o desempenho dos animais. Em resumo, esse problema acontece quando há alguma alteração no posicionamento anatômico das alças intestinais, inflamações ou espasmos musculares.
A doença ainda é cercada de mitos, mas do ponto de vista patogênico a cólica equina é causada pela inibição da passagem intestinal ou por fermentações indesejadas. Por ser uma doença grave, se não for tratada logo no início, pode levar o animal ao óbito. Então, é importante ficar atento aos sinais:
- febre;
- constipação;
- inquietação;
- sudorese;
- patear o chão;
- deitar e rolar;
- coloração de mucosas;
- alterações na postura (exemplo: esticar as patas);
- aumento na frequência do pulso e da respiração;
O diagnóstico da cólica deve passar pela anamnese, exame clínico e ultrassonografia. Para isso, o profissional deve estar qualificado. Quer se especializar nessa área? Conheça o curso de cólica equina do CPT Cursos Presenciais.
Fontes: Blog Vedovati e Perito Animal