Técnicas de OSH em pequenos animais: veja as principais diferenças!

Técnicas de OSH em pequenos animais

Na rotina clínica de atendimento a pequenos animais, as técnicas de OSH são fundamentais para minimizar os casos descontrolados de reprodução. Também chamada de ovariosalpingohisterectomia, a cirurgia é feita por meio de pequenas incisões para ligadura dos ovários, neoplasias das glândulas mamárias, problemas congênitos e tratamento de doenças no sistema reprodutor de cadelas e gatas.

A aplicabilidade está relacionada também à realização de controle populacional e de zoonoses. Importante destacar que a castração é uma medida essencial não apenas para reduzir o número de procriações, mas também para evitar o desenvolvimento de patologias nas cadelas à medida que a idade aumenta.

Entenda as duas principais técnicas de OSH: pela linha média ventral e pelo flanco. Além disso, saiba quais são as vantagens em aprimorar os conhecimentos para realizá-las em sua clínica.

Linha média ventral 

Entre as técnicas de OSH, a incisão pela linha média ventral  se destaca como um meio cirúrgico popular para esterilizar. A partir de um corte maior, entre 10 a 15 cm,  é realizado o procedimento de remoção de útero e ovários, de tal forma é considerado mais invasivo e exige repouso pós-operatório maior. 

 A incisão é efetuada no terço médio localizado na região entre umbigo e púbis. Entretanto, hoje este procedimento tem sido realizado com auxílio do gancho de Snook, que tornou a cirurgia menos invasiva de modo que permite agora realizar um pequeno corte (1 a 3 cm), tornando-a menos invasiva e com rápida recuperação. Para cães e gatos machos, retira-se o cordão espermático. 

Flanco

Outro meio popular entre as técnicas de OSH é a do flanco, feita lateralmente. A prescrição é para fêmeas cujas glândulas mamárias estão muito desenvolvidas pela produção de leite, quando se têm alguma neoplasia diagnosticada ou, ainda, hiperplasia nas mamas.

Se for um paciente agressivo, o método do flanco ajuda o profissional a resguardar uma distância para realização sem correr riscos. O corte é mínimo, em média, de 2 a 3 cm. Para tanto, deve-se raspar a região da última costela e seguir até a tuberosidade ilíaca em sentido craniocaudal juntamente às apófises transversas das vértebras da zona lombar até a prega do flanco sentido dorsoventral.

Contudo, não deve ser efetuada em cães e gatos com menos de três meses de vida, nem mesmo com distensão do útero, obesidade ou estro.

Benefícios das técnicas de OSH

Pela facilidade em realizá-las, o profissional consegue atender grande número de pacientes e reduz o tempo entre cirurgias. Assim, em mutirões, por exemplo, torna-se prático atender todas as cadelas e gatas com segurança.

Os cuidados com os animais são os pontos-chave do procedimento. Além disso, é eficaz e amplamente incentivada na área clínica.

Embora as técnicas de OSH sejam ideais para castração e tratamentos com baixo teor invasivo, é importante saber que os pacientes podem apresentar limitações como obesidade, cálculos na uretra, mudança da pelagem, prostração, inflamações na vagina e na pele da região, assim como casos de incontinência urinária.

Por fim, o profissional precisa ser capacitado na área para evitar complicações. Isso se deve ao fato de que, como qualquer procedimento cirúrgico, há riscos que os animais podem enfrentar. Entre os quais, destacam-se: 

  • possíveis hemorragias;
  • traumas na uretra;
  • fístulas no colo do útero.

Por isso, o protocolo para realização deve ser seguido à risca. Fundamentalmente, os cuidados após a cirurgia ajudam na redução da dor e na rápida recuperação, juntamente às medidas para redução do estresse.

Profissionalize-se nas técnicas de OSH e se destaque no setor com a complementação de seus conhecimentos na área clínica. O Curso de Castração com Técnica do Gancho em Pequenos Animais tem aulas sobre as formas de realizar a cirurgia, seguindo todos os protocolos e resguardando a saúde dos cães e gatos. 

Fontes: ResearchGate; CPT Cursos Presenciais; RedeVet; Unesp; UFRGS; UFRA; Revista Veterinária.