A neurologia não é uma área exclusiva dos seres humanos uma vez que as doenças neurológicas em pequenos animais são cada vez mais comuns. Embora, as causas para estas situações possam ser diversas, elas são frequentemente relacionadas às questões genéticas e ou infecciosas.
O sistema nervoso é composto por tecidos delicados, que são responsáveis pela coordenação de músculos, geração de estímulos e movimentação de órgãos. Certamente, quando ele sofre lesões, pode causar sintomas dos mais diversos. Por isso, somente um neurologista veterinário pode ajudar na solução das complicações.
Não podemos esquecer que este profissional precisa ter uma capacitação adequada para saber quais caminhos seguir. Assim, vai ter conhecimento necessário para encontrar a origem das alterações no sistema nervoso e amenizar suas consequências.
Continue a leitura desse artigo e entenda mais sobre as doenças neurológicas em pequenos animais e os desafios de fazer diagnósticos nessa área.
Neurologia veterinária
A neurologia veterinária é uma área que engloba as avaliações e tratamentos de problemas que envolvem todo o sistema nervoso central. Esse sistema é composto por medula espinhal, cérebro, cerebelo, sistema nervoso periférico (nervos, fibras motoras e sensitivas) e tronco encefálico. Além disso, a neurologia também trata de alterações como a hérnia de disco e epilepsias, por exemplo.
De modo geral, assim como nos humanos, o sistema nervoso de cães e gatos é complexo e delicado. No entanto, uma parte significativa das doenças e problemas nesses animais podem ser tratadas e melhoradas de maneira significativa. Principalmente quando do diagnóstico é feito de maneira precoce. Já que, com isso, o tratamento pode ser iniciado imediatamente.
No entanto, as disfunções neurológicas também podem ser responsáveis por provocar sequelas permanentes nos animais que não tiverem o atendimento adequado de maneira rápida.
Felizmente, a área já conta com tecnologia avançada para o diagnóstico com exames de imagens cujos resultados são cada vez mais claros. A seguir, veja quais as principais doenças e como o diagnóstico pode ser feito!
Sinais de doenças neurológicas em pequenos animais
As alterações neurológicas podem surgir em qualquer fase da vida do animal, elas manifestam-se tanto de forma aguda quanto lentamente. Portanto, fique atento à estes sinais:
– Alterações de comportamento como agressividade, depressão ou apatia;
– Perseguir o próprio rabo (andar em círculos);
– Insônia;
– Movimentos involuntários;
– Fraqueza;
– Andar arrastando as patas;
– Paralisia de um ou mais membros;
– Permanência do animal por longos períodos em um só lugar ou no canto;
– Andar batendo nos móveis ou em paredes.
Raças mais propensas
As doenças neurológicas afetam qualquer cachorro, mas algumas raças possuem maior predisposição, são elas:
– Pug
– Yorkshire
– Maltês
– Pinscher.
Diagnóstico e Tratamento
Diversas enfermidades podem causar os mesmos sinais das doenças neurológicas dessa forma, somente um médico veterinário especialista em neurologia pode chegar à um diagnóstico preciso e indicar o tratamento correto.
A abordagem do paciente com suspeita de alguma alteração neurológica deve se iniciar de forma abrangente, identificando o paciente.
A radiografia e a tomografia podem serem usadas na neurologia veterinária. Apesar de não serem métodos tão sensíveis para avaliar tecidos moles, auxiliam indiretamente na identificação de lesões em tecidos adjacentes ao nervo.
Já o ultrassom veterinário é utilizado para a avaliação morfológica de alguns segmentos que fazem parte do plexo braquial e lombossacro mas, para isso, demanda muita experiência do médico veterinário que está utilizando.
A ressonância magnética é, então, um dos principais métodos de diagnóstico na neurologia veterinária. Ela é ideal para o diagnóstico de doenças compressivas ou neoplasias do nervo periférico e nas lesões de orelha média e interna. No entanto, é limitado nas demais causas de neuropatias.
Nesse contexto, a eletroneuromiografia é uma importante ferramenta tanto para o diagnóstico como para o prognóstico, pois é sensível e precoce. Com ele é possível identificar alterações em nervos periféricos e nos músculos. Na maioria dos casos são necessárias biópsias do tecido muscular e do nervo.
É importante lembrar que assim que o dono perceber comportamentos incomuns no animal ou algum sintoma descrito neste artigo deve buscar por ajuda imediata.
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