O que você precisa saber sobre acesso venoso em cães e gatos: técnicas e cuidados

acesso venoso em cães e gatos

Quem atua na clínica de pequenos animais, possivelmente irá passar por atendimentos que exigem a realização de um acesso venoso em cães e gatos. O procedimento tem sido a indicação de alguns casos devido a facilidade de manuseio, a tolerância da maioria dos pacientes e o baixo custo. 

Hoje em dia, diversas técnicas podem ser usadas para obter um acesso vascular e as finalidades também podem ser variadas. Todavia, a falha na colocação de um cateter pode trazer complicações para a saúde do animal. 

Por este motivo, vamos explicar quais os cuidados fundamentais para o sucesso do procedimento, bem como a diferença entre acesso venoso periférico e central. Saiba mais abaixo!

Quando realizar o acesso venoso em cães e gatos

O acesso vascular tem diversas finalidades na medicina veterinária. A habilidade em realizar o procedimento é fundamental na internação de cães e gatos para aplicação de medicação e fluidoterapia, fortemente recomendado quando há necessidade de aplicações contínuas ou repetidas. 

Além disso, também há indicação para casos de transfusão de hemocomponentes e coleta de sangue. Na rotina ambulatorial pode ser, ainda, recomendado ser feita uma punção venosa em situações de emergência e risco de óbito ao paciente.

Por outro lado, o procedimento tem contraindicações. Médicos veterinários devem se atentar para pacientes com coagulopatias ou trombocitopenias, pois os mesmos podem sangrar excessivamente após a colocação do catéter. Além dessas observações, vale ressaltar que animais que sofreram trauma crânio-encefálico ou possuam qualquer patologia que curse com aumento da pressão intracraniana não devem receber o cateter.

Principais diferenças entre acesso venoso periférico e central

O acesso periférico pode ser colocado nas veias cefálica, safena lateral, jugular externa e safena medial, sempre nessa ordem de preferência. Ou seja, veia da patinha da frente, veia do pescoço e veia da patinha de trás, respectivamente.

Através de acessos venosos periféricos é possível administrar grandes quantidades de volume mais rapidamente, além de uma vasta variedade de medicações venosas. 

O cateter venoso periférico (CVP) pode estar relacionado com flebites, infiltração e extravasamento em maior grau, quando comparado a cateteres centrais, pois punções constantes aos vasos podem levar a problemas de visualização e de acessos posteriores. Por isso, o acesso venoso central é mais indicado em pacientes graves ou que permanecerão internados por longos períodos. 

O cateter venoso central (CVC) pode ser de único ou múltiplos lúmens. Suas indicações variam para situações que é necessário infundir soluções incompatíveis entre si ou realizar alimentação parenteral ou transfusão concomitante ao uso desses fármacos. Um dos lúmens pode, também, ser utilizado para a coleta de múltiplas amostras de sangue.

É importante salientar que o CVC deve ser colocado exclusivamente no bloco cirúrgico, com técnica asséptica e paramentação adequada.

Cuidados necessários durante o procedimento

Este tipo de procedimento requer atenção quanto à assepsia e ao uso dos materiais. É imprescindível que a técnica para acesso venoso em cães e gatos seja feita com luvas, com o posicionamento correto do animal e em um ambiente adequado para casos de emergência.

Outra recomendação é trocar o cateter periférico a cada 3 dias, bem como todo o conjunto de administração (equipo, extensores). Por isso, é indicado colocar uma identificação de quem obteve o acesso, a data e o cateter usado no paciente. 

Assim, é possível concluir que a habilidade do médico veterinário responsável será primordial para uma boa execução do acesso venoso. Portanto, se deseja aprender técnicas e procedimentos de maneira prática, focando no desenvolvimento pessoal para atuar no mercado hospitalar, conheça já o Curso de Práticas Hospitalares em Pequenos Animais e adquira o que está faltando para ingressar na área

Fontes: Gold Labvet, L. R, D. Animais,C.T, C, L, P; S. A, I; S, A; G. E, C, B, P. B. B, S., Curso de Práticas Hospitalares em Pequenos

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