A Inseminação Artificial em Tempo Fixo tem sido cada vez mais difundida na pecuária graças às suas inúmeras vantagens e ao aumento da lucratividade. Mas o sucesso passa por diversas etapas fundamentais. Entre elas, está o uso da ultrassonografia doppler na IATF.
A técnica vem sendo utilizada desde antes da concepção até após o parto, contribuindo para melhorar os resultados da inseminação e promovendo o avanço da biotecnologia no mercado. O efeito doppler oferece mais detalhamento das estruturas investigadas, possibilitando avaliar a frequência dos movimentos.
Se está pensando em aderir ao doppler na IATF, continue a leitura do texto a seguir e saiba como seu uso pode aumentar a eficiência reprodutiva do rebanho!
O que é a IATF
A Inseminação Artificial em Tempo Fixo ou IATF é uma biotecnologia reprodutiva que visa elevar a eficiência dos rebanhos por meio da indução e da sincronização da ovulação das fêmeas através de protocolos hormonais de progesterona e benzoato de estradiol.
A IATF permite inseminar um grupo de fêmeas em simultâneo e permite a ovulação do folículo em um período estabelecido. O procedimento é realizado em dias predeterminados.
No Brasil, esta tecnologia começou a ser utilizada no início da década de 70 e desde então tem sido um avanço no melhoramento genético devido a vantagens, como: a realização da inseminação com dia e hora marcados, a eliminação da detecção de cio, inseminação das matrizes a partir de 60 dias após o parto, indução da ciclicidade em vacas em anestro, redução do intervalo entre partos, possibilidade de altas taxas de prenhez no início da estação de monta, entre outras.
Vantagens da ultrassonografia doppler
A ultrassonografia é uma técnica lucrativa, moderna, não invasiva e de alta precisão. Ainda no ultrassom convencional em modo brilho, conhecido como modo B, já é possível ter boas contribuições., sendo possível avaliar e monitorar o sistema reprodutivo da fêmea bovina ao longo do ciclo estral e durante a gestação, a viabilidade embrionária e fetal e diagnosticar alterações patológicas nos órgãos.
Entretanto, quando o exame é feito no modo doppler, a investigação de diferentes funcionalidades do corpo lúteo, é muito mais precisa. A tecnologia permite a visualização mais detalhada dos tecidos, estruturas e do fluxo sanguíneo, assim como das veias e artérias.
Portanto, a tomada de decisão na IATF se torna ainda mais valiosa com o uso do doppler.
Ultrassonografia doppler e os ganhos na reprodução bovina
Optar pelo modo doppler colorido durante a realização da IATF oferece alguns ganhos na eficiência reprodutiva do rebanho. O método possibilita diagnósticos mais precoces e mais acurados de alterações da função luteal no período de reconhecimento materno da gestação. Além disso, a avaliação visual do fluxo sanguíneo no corpo lúteo 20 dias após a IATF pode ser utilizada na identificação de animais não-gestantes para re-sincronização. E, ainda, pode ser feita a avaliação do fluxo de sangue no embrião para saber se a gestação está progredindo.
Outro ganho diz respeito ao encurtamento de tempo entre os procedimentos de ressincronização. Com a ultrassonografia doppler de ovário, o diagnóstico pode ser realizado precocemente, por volta do dia 20. Assim, o processo pode ser encurtado em 10 dias.
Essas são apenas algumas das etapas da IATF e, vale reforçar, que elas exigem conhecimento e prática por parte do médico veterinário. Se está em busca de informações mais avançadas para atuar com segurança nesta área, clique aqui e saiba como o Curso de Inseminação Artificial em Tempo Fixo em Bovinos (IATF- Modo Avançado) pode te ajudar!
Fontes: Shop Veterinário; CPT Cursos Presenciais; ARÊAS, Vagner Sarmento; Scielo Brasil; Rev. Bras. Reprod. Anim., Belo Horizonte, v.41, n.1, p.140-150, jan./mar. 2017; PubVet.