Você conhece o impacto do sêmen bovino nas rotinas de programas reprodutivos? Com o desenvolvimento biotecnológico, o potencial de produção e reprodução de bovinos aumentou, o que consequentemente elevou as taxas de fertilidade dos machos e a performance do gado.
Uma dessas biotecnologias é a inseminação artificial em tempo fixo (IATF) que consiste em um método para ajustar a ovulação das vacas depois do uso de medicação e hormônios. Com isso, as vacas recém paridas ou as novilhas em período reprodutivo podem ser inseminadas no mesmo momento sem precisar observar o cio. Para esse método, deve-se usar sêmen de qualidade.
As vantagens desse procedimento são inúmeras:
- garante o melhoramento genético
- possibilita fazer a inseminação artificial
- diminui os tempos entre partos
- o bezerro ganha peso rápido após desmamar
- é possível articular os nascimentos e o fim da amamentação em certos períodos do ano
- padroniza o rebanho
- maior taxa de natalidade
Essas são alguns dos benefícios do IATF e estão intrinsecamente relacionados com os lucros. Siga neste texto e saiba o porquê manter a qualidade do sêmen bovino é fundamental para o bom resultado dessa técnica. Veja ainda como o mercado está em alta.
Qualidade do sêmen e resultados da IATF
Primeiramente, resguardar a qualidade do sêmen bovino é essencial para atingir os resultados desejados. Então, o sêmen pode ser congelado (criopreservação) ou resfriado para manter os espermatozoides em movimento. Além disso, os melhores índices de excelência se devem à quantidade, concentração e proporção dos espermatozoides, assim como a motilidade.
Convém, no entanto, apontar que pesquisas vêm sendo feitas desde o início do século de modo a criar meios de preservação máxima dos espermatozoides no processo de congelamento. Apesar dos esforços contínuos, ainda existem problemas relacionados às perdas de propriedades do sêmen para fertilizar o ovócito. Mesmo assim, a técnica é bastante empregada na reprodução bovina.
Mercado brasileiro de sêmen bovino
A Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) divulgou que 6,09 milhões de doses de sêmen bovino foram vendidas no Brasil durante o primeiro semestre de 2019. Em relação ao comparativo do mesmo período do ano anterior, esse dado representa um aumento de 19,1%, o que mostra a expansão do setor. Somente na última década, a venda prosperou em 188%.
Entretanto, vale destacar que o progresso da comercialização se deve a um conjunto de fatores ligados, sobretudo, à evolução tecnológica na área veterinária. Desse modo, com as engenharias genéticas, as novas informações e os cruzamentos de raças zebuínas, há mais qualidade para a produção do gado de corte e de leite.
Outro ponto é a exportação. A China é um dos principais países compradores da carne bovina do Brasil. Esse fator demonstra a grande demanda que necessita cada vez mais de especialistas em bovinocultura, focalizando em reprodução e produção.
Portanto, com esse crescente mercado no país, uma maneira de complementar o currículo e alavancar a carreira é com a Pós-Graduação em Reprodução e Produção de Bovinos. A demanda para esse setor altamente lucrativo é grande e a tendência é só aumentar. Investir em conhecimentos é essencial para se aperfeiçoar na área.
Fontes: MilkPoint; Revista Globo Rural; Pubvet; Giro do Boi; Revista Veterinária.