A técnica de Transferência de Embriões, ou TE bovina, vem ganhando muito destaque no mercado por auxiliar no melhorando genético de forma rápida e eficiente. Basicamente, essa biotecnologia consiste em remover um ou mais embriões do trato reprodutivo de uma fêmea com alto valor genético e transferi-lo para as receptoras.
A TE bovina é altamente lucrativa, pois auxilia os pecuaristas a alcançar maior produtividade e consequentemente contribui com o aumento da rentabilidade. No entanto, é preciso muito cuidado na hora de selecionar as fêmeas para diminuir o risco de problemas futuros e aumentar as chances de sucesso.
O processo envolve diversas etapas. Lendo este artigo até o final você vai aprender como escolher as receptoras e doadoras a fim de obter melhores índices reprodutivos com a TE bovina. Confira nossas dicas!
Como escolher as vacas doadoras e receptoras?
Escolher as fêmeas doadoras é o primeiro passo para uma transferência bem sucedida, já que ela é fonte do material genético que vai ser multiplicado. Porém, diversos critérios precisam ser levados em consideração para realizar a TE bovina. Veja os principais critérios que devem ser analisados para escolher as doadoras e receptoras:
O padrão genético
Para obter animais de boa linhagem é fundamental analisar o padrão genético da fêmea doadora. Sendo assim, é preciso fazer uma análise cuidadosa das características da vaca para garantir que ela está livre de defeitos ou anomalias genéticas detectáveis ou conformacionais.
Também é prudente ter cautela na hora de avaliar as características zootécnicas da fêmea escolhida para parir (receptora), assim como do touro mais apropriado para o acasalamento.
Para o sucesso da transferência, a receptora deve ser reprodutivamente sadia, ter facilidade de parto, boa capacidade de ordenha e de maternidade.
Condição corporal
A condição corporal também precisa ser levada em consideração. Por isso, a fêmea não pode ser muito obesa, nem muito magra, caso contrário pode ficar com a fertilidade reduzida. O recomendado é observar o estado nutricional do animal para avaliar suas reservas energéticas.
Histórico de fertilidade
É fundamental avaliar o histórico de fertilidade antes de escolher a doadora. O indicado é selecionar animais com altos índices de fertilidade. Os ciclos estrais devem ser regulares, começando em idade jovem. Também deve ser levado em consideração o índice de prenhez e o número de crias.
Trato genital
Pode parecer banal, mas é muito importante que o trato genital seja compatível com a técnica e livre de alterações. A coleta de embriões é feita por meio de um catéter que passa pelo cérvix. Sendo assim, fêmeas que possuem o cérvix tortuoso ou muito pequeno não podem ser doadoras.
Doenças infecto-contagiosas
As fêmeas que possuem doenças infecto-contagiosas que tem relação com a reprodução como leptospirose ou brucelose, podem prejudicar os resultados da técnica. Por isso, mesmo sabendo que essas doenças podem ser controladas e não são contagiosas para os descendentes, o recomendado é evitar selecionar doadoras que possuem essas doenças.
Bem-estar
O bem-estar da doadora também precisa ser analisado. As situações de estresse devem ser evitadas para deixar o animal confortável. Por isso, o técnico precisa cuidar bem da nutrição do animal, cuidar dos problemas de casco e úbero ou outras patologias, assim como do ambiente em que a vaca está.
5 vantagens da TE bovina
Entre as principais vantagens da TE bovina estão:
- Melhoramento genético do rebanho;
- Facilita o transporte e comercialização de material genético por meio de embriões congelados;
- Aumento da renda com a atividade;
- Disseminação do material genético de fêmeas de alto valor;
- Aumenta a possibilidade de gerar mais bezerros anualmente.
Como visto, muitos fatores devem ser levados em consideração antes de realizar a técnica de TE bovina, mas quando realizado de maneira correta as vantagens são compensatórias. Por isso, é fundamental contar com a instrução de um profissional qualificado capaz de elaborar uma boa avaliação e ter sucesso com a técnica.
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