A Inseminação Artificial em Tempo Fixo – IATF é uma biotécnica reprodutiva para melhorar os resultados da produção de bezerros a partir da estimulação da ovulação e do ciclo estral dos animais. Essa tecnologia permite a realização da inseminação em um horário predeterminado e padronizado para um lote de animais. Dessa forma, não há necessidade de observação humana do cio. Mas, para isso, é preciso definir os protocolos corretos de IATF. Você sabe como fazer isso?
A técnica permite que, com tratamentos hormonais, haja uma regulação da ovulação das fêmeas do rebanho e, assim, elevar a eficácia da reprodução por ter um grande número de vacas inseminadas ao mesmo tempo. Continue a leitura deste artigo para conhecer como são realizados os protocolos para IATF e alguns cuidados necessários.
Como funcionam os protocolos para IATF?
É importante destacar que a execução dos protocolos para IATF exige que o profissional avalie os animais que tenham parido a mais de 40 dias. O veterinário também precisa avaliar as condições sanitárias dos animais.
A aplicação das vacinas deve estar em dia além do manejo nutricional adequado, com fornecimento de alimentação e nutrientes corretos e água limpa em abundância. As condições da propriedade precisam ser avaliadas visando garantir os requisitos ideais para que as vacas prenhas possam ter boa gestação. Também, os machos reprodutores precisam ter a melhor qualidade do sêmen para que a inseminação gere animais superiores.
Tais recomendações estão interligadas para a obtenção de melhor desempenho com essa biotecnologia. Além disso, todos os protocolos para IATF só podem ser conduzidos por médicos veterinários capacitados profissionalmente para isso. Ou seja, a experiência com reprodução é essencial para que o bem-estar animal seja assegurado, assim como os efeitos da implementação.
Costuma-se empregar no procedimento vacas multíparas, em razão de já terem parido, obtêm melhor prenhez do que as primíparas. Um dos protocolos mais usados é o hormonal. Entre os hormônios envolvidos no procedimento de reprodução, destacam-se:
- hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH)
- hormônio folículo estimulante (FSH)
- hormônio luteinizante (LH)
- progesterona
- estrógeno
- inibina
- prostaglandina
Cada substância citada tem uma função específica e, portanto, só deve ser utilizada conforme a avaliação profissional da fisiologia animal. Além disso, deve estar em conformidade com os propósitos reprodutivos.
Alguns passos
Há três etapas para a IATF. Primeiro, a sincronização do desenvolvimento dos folículos ovarianos por atresia (uso de estrógeno e progesterona) ou através da ovulação (com hormônios liberador de gonadotrofinas, luteinizante e coriônico gonadotrófico).
O segundo ponto é o domínio dos níveis de progesterona e a diminuição das taxas de progesterona ao terminar o protocolo. Por fim, o terceiro passo é a estimulação da ovulação sincronizada por meio de estrógeno, hormônios liberador de gonadotrofinas, luteinizante e coriônico gonadotrófico, fazendo com que a IATF ocorra no período planejado.
Os protocolos para IATF possibilitam sincronizar os cios entre as fêmeas com uso de hormônios de forma a não atrapalhar a saúde e nem cios vindouros. Assim, insemina-se o maior número de vacas em horários específicos. A vantagem é enorme, visto que se elimina a necessidade de o rufião ficar frequentemente em campo para observar os animais aptos, o que implica em grandes gastos e tempo para o trabalho.
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Fontes: Senar Minas; Prodap; Revista Leite Integral; Beef Point.