As patologias espermáticas em bovinos são um dos grandes problemas enfrentados na área de reprodução e afetam diretamente a aplicação de biotécnicas. Quando o touro não é avaliado precisamente, podem existir doenças que acometem o potencial do sêmen animal que não ficaram evidentes devido a resultados obtidos de forma inadequada.
A má condução do procedimento afeta a produtividade do rebanho e a lucratividade da propriedade. Logo, inserir o exame andrológico torna-se uma medida fundamental para evitar quaisquer contratempos. Conjuntamente, os exames físicos e laboratoriais auxiliam na escolha acurada de quais serão os machos envolvidos na reprodução.
Continue a leitura deste artigo para conhecer as patologias espermáticas em bovinos e os impactos causados desde o sêmen até os resultados. Em seguida, veja a necessidade da implementação do exame andrológico para averiguar a presença de doenças.
Patologias espermáticas em bovinos
Duas patologias espermáticas em bovinos se sobressaem no setor: hipoplasia epididimária e aplasia segmentar. Ambas são doenças transmitidas hereditariamente, se apresentam desde o nascimento animal e afetam o epidídimo, uma estrutura reprodutiva que realiza a condução, o armazenamento e o amadurecimento dos espermatozóides.
À medida que esses problemas se agravam pode gerar espermatocele, que é uma formação de uma bolsa anormal no epidídimo. O veterinário precisa conduzir as análises da estrutura apalpando e, se for constatada alterações, o touro não deve ser empregado no processo, já que o gene deletério é passado para os filhotes.
Durante os atendimentos, epididimite e espermatocele são destaque entre as patologias espermáticas em bovinos. Gerada por infecções primárias ou secundárias, a epididimite afeta a qualidade do sêmen, diminuindo os índices de fertilidade e, até mesmo, tornando os animais estéreis.
Exame andrológico
Para detecção das patologias espermáticas em bovinos, é fundamental o exame andrológico. Nesse procedimento, a saúde física e o sêmen do macho são avaliados.
Primeiro, o exame clínico geral envolve a análise do histórico animal, procedendo à inspeção dos aparelhos respiratórios, cardíacos, locomotores e sensoriais. O veterinário segue o exame andrológico para o aparelho reprodutor. Logo, os órgãos a serem investigados são:
- testículos
- pênis
- epidídimos
- prepúcio
- glândulas anexas
Feita a palpação, recomenda-se o uso da ultrassonografia. O exame de imagem é fundamental para saber se há patologias e alterações na fisiologia das gônadas.
O exame laboratorial do espermograma ajuda na checagem da qualidade do sêmen, bem como a motilidade e concentração espermática. É nessa fase que são detectadas as patologias espermáticas. Conclui com o exame comportamental colocando o touro em presença da vaca em estro.
Fique atento ao prazo de validade do exame andrológico. O limite é de um mês, o que exige renovação das análises com periodicidade conforme a necessidade do processo reprodutivo. Para propriedades que vão comprar machos, o pedido de avaliações recentes é crucial para evitar prejuízos com doenças no esperma e sistema reprodutor.
O exame andrológico é decisivo no setor de reprodução para saber o estado de saúde dos touros e selecioná-los. Na Pós-graduação em Reprodução e Produção de Bovinos você aprende a realizar o exame andrológico em touros e diversas outras biotécnicas para potencializar os resultados com o rebanho!
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Fontes: Revista Veterinária; Passei Direto; Biológico; CBRA.