Alcançar uma boa eficiência reprodutiva é o principal objetivo de quem trabalha na agropecuária, afinal ela está ligada com a lucratividade do rebanho. De maneira geral, a eficiência pode ser dada pela relação entre o número de bezerros desmamados por ano e o número de fêmeas em idade de reprodução.
Entretanto, essa é uma tarefa extremamente complexa e que depende de diversos fatores tais como nutrição, sanidade, conforto térmico, raças, nível de produção, mão de obra entre outras. A partir de então é possível definir alguns indicadores que devem ser analisados por pecuaristas, criadores, funcionários das fazenda ou o profissional que atua diretamente no manejo reprodutivo do rebanho.
Veja a seguir como medir a eficiência reprodutiva de um rebanho e livre-se do maior medo do produtor rural: a perda na lucratividade!
Principais índices reprodutivos
Os indicadores reprodutivos são ferramentas para avaliação, identificação de problemas e o impacto que o melhoramento genético pode ter sobre a eficiência reprodutiva, principalmente no que diz respeito às características ligadas ao crescimento e à qualidade da carcaça.
São considerados os principais índices a taxa de prenhez, a taxa de concepção, a taxa de serviço e a taxa de detecção do cio. Confira cada um a seguir.
Taxa de Prenhez
A taxa representa o número de vacas que ficaram prenhes em relação ao número de vacas aptas a ficarem prenhes. É considerada a mais importante de todo o acompanhamento. Seu resultado pode ser obtido a cada 21 dias, tempo médio que o intervalo entre um cio e outro – chamado de ciclo estral – dura.
O resultado exato pode ser obtido a partir do cálculo: Taxa de Prenhez = Taxa de Serviço x Taxa de Concepção ou Taxa de Prenhez = Total de vacas prenhes/ total de vacas disponíveis para a reprodução x 100.
Taxa de Concepção
Este índice representa a porcentagem de prenhez em relação ao total de vacas inseminadas na fazenda. É indispensável para identificar cios, inseminar corretamente e fertilizar as fêmeas.
Porém, deve-se ficar atento aos fatores que são imprescindíveis para o restabelecimento da atividade ovariana e uterina para a nova concepção, tais como à nutrição – oferta em qualidade e quantidade e técnicas de manejo reprodutivo ― desmame temporário ou precoce, protocolos hormonais, inseminador, descongelamento e qualidade do sêmen e estado geral da vaca.
Seu cálculo pode ser obtido através da divisão entre o total de vacas prenhes e o total de vacas inseminadas. O valor encontrado deve ser multiplicado por 100.
Taxa de Serviço
Também conhecida como taxa de inseminação, pode ser obtida pelo número de animais inseminados dividido pelo total de animais liberados para inseminação artificial (IA) ou cobertura.
Este índice representa a capacidade de se inseminar as vacas, dependendo assim, da ciclicidade das fêmeas e da eficiência da fazenda na observação precisa dos cios.
Taxa de detecção de cio
Neste índice deve-se considerar o período entre estros. É fundamental efetuar as detecções de cio de maneira precisa, uma vez que ela pode afetar drasticamente o manejo reprodutivo do rebanho.
As taxas de detecção de cio devem estar por volta de 70%, mas podem variar de 30% a 85% devido à forma que ela é realizada. O resultado pode ser calculado pela fórmula:
Intervalo entre coberturas = (Média de dias em aberto – Média de dias pós-parto no primeiro serviço)/(Número de serviços por concepção – 1).
Como melhorar a eficiência reprodutiva de um rebanho
Além dos cuidados com o manejo nutricional, com higiene, estresse térmico e sanidade em geral, uma das formas de melhorar a eficiência reprodutiva é através do uso de biotécnicas. A técnica de inseminação artificial em bovinos, por exemplo, é uma das mais empregadas no mundo para o avanço genético dos rebanhos.
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Fontes: Revista Agropecuária; Fundação Roge; Milkpoint; Baía do Conhecimento; Embrapa.