Uma vez que a exploração racional e eficiente do agronegócio exige técnicas relacionadas com o manejo integrado do solo, da água, da planta, é preciso ter pleno conhecimento sobre os usos da irrigação. Quando se trata desse assunto, uma tecnologia, em especial, vem ganhando boa aceitação por parte dos produtores: a aspersão em malha.
O sistema começou a ser utilizado no leste-nordeste de Minas Gerais, mas se difundiu pelo país como uma alternativa viável de irrigação de pastagens, cana-de-açúcar e capineiras. Por proporcionar uma redução dos custos de investimento e mão-de-obra operacional, quando comparado a modelos convencionais, o modelo também agradou pequenos produtores.
Se assim como boa parte da concorrência, você está considerando a aspersão em malha na sua propriedade, confira o artigo a seguir e saiba tudo sobre este sistema de irrigação.
Como funciona o sistema de irrigação por aspersão em malha
O sistema de irrigação por aspersão em malha apresenta linhas laterais interligadas em malha. Tanto estas como a linha de derivação e a linha principal são enterradas no solo. Trata-se de um sistema pressurizado, muito utilizado em pastagens.
Assim, a única parte que permanece exposta é o aspersor com o tubo de subida. Quando a aspersão é automatizada, a irrigação é acionada por um comando elétrico.
Outra característica desse sistema é a aplicação da água realizada de modo mais uniforme, o que aumenta a produtividade. Durante seu funcionamento não é necessário a troca sucessiva de aspersores para irrigar módulos ou setores.
O sistema de aspersão em malha diferencia-se do sistema convencional, uma vez que neste último é preciso uma mudança tanto dos aspersores quanto das linhas laterais.
Vantagens da irrigação por aspersão em malha
Além das características de simplicidade de operação, baixo custo de manutenção e operação, optar pela aspersão em malha também traz outros benefícios aos produtores. As principais vantagens da tecnologia vão desde o baixo consumo de energia até à adaptação a qualquer tipo de terreno.
Outro ponto positivo é a durabilidade. As linhas de irrigação são tubos de PVC de baixo diâmetro que, enterrados, podem se conservar por até 30 anos. Quando falamos de entupimento, a técnica também pode ajudar.
É sabido que entupimento é uma das maiores preocupações em irrigação localizada. Todavia, a aspersão em malha tolera água de qualidade inferior, diminuindo o risco do problema, pois os bocais dos aspersores possuem, em geral, diâmetros superiores às partículas presentes na água.
Como em todo sistema, este também apresenta desvantagem. Trabalha- se com apenas um aspersor por malha, que deve ser removido e realocado de ponto em ponto, toda vez que se deseja “avançar” com a irrigação no piquete. Devido a isso, não é raro encontrar funcionário que entra no piquete para fazer a troca de aspersores com o capim na altura da cintura, e sai todo molhado, causando desconforto.
Quando utilizar o sistema
Inicialmente mais utilizado para irrigação de pastagens, a aspersão em malha também vem sendo usado na pecuária leiteira, em cana-de-açúcar e na cafeicultura. Porém, na maioria das vezes, o sistema é indicado para pequenas propriedades. Por este motivo, tem havido um crescimento na agricultura familiar.
Independente do sistema de irrigação escolhido, é indispensável compreender quais as condições climáticas da região, conhecer as características do solo e medir as vazões dos cursos de água da propriedade no final da seca para concluir qual modelo é realmente indicado para você.
O melhor método de irrigação é aquele que melhor se adapta aos recursos disponíveis. Portanto, saiba mais sobre as melhores opções de manejo com o Curso de Manejo de Sistemas de Irrigação e aprenda a estabelecer o plano de irrigação adequado para o seu tipo de cultura!
Fontes: Cursos CPT, Embrapa, Enciclopédia Biosfera, Portal DBO, Revista Agropecuária.
