Estima-se que no Brasil existam mais de 200 milhões de hectares em áreas degradadas. Devido principalmente a técnicas que o homem utiliza perante o solo. Exemplo dessas é a mineração, construção de estradas, represas, superpastejo, etc.
Segundo PARROTA (1992), áreas degradadas são aquelas caracterizadas por solos empobrecidos e erodidos, com instabilidade hidrológica, produtividade primária e diversidade. Ou seja, são solos que foram com o tempo se desgastando e se erodindo, fazendo com que poucas ou nenhumas espécies de plantas se desenvolvessem nestes locais.
Para o produtor rural é vantajoso recuperar essas áreas, pois uma área que antes estava sendo inutilizada poderá, por meio de manejo correto, ser útil novamente. Essa área poderá trazer novos lucros e ainda economizar possíveis áreas de mata que por ventura estejam na fazenda, não se fazendo necessário o desmatamento.
Para trabalhar em uma área degradada você terá que utilizar dos três R’s, iniciar pela Recuperação da área, que é o processo inverso à degradação, para chegar à Restauração, que é o retorno ao estado natural da área e por ultimo a Reabilitação que é o retorno do estado biológico apropriado.
Das estratégias para recuperação em áreas degradadas, principalmente pastagens, no Brasil, deve-se fazer o manejo destas primeiramente. Caso o solo esteja muito compactado deve-se descompactar o solo, usando de maneira mecânica ou por meio de plantas como leguminosas, que possuem um bom crescimento radicular. O próximo passo é melhorar a fertilidade do solo, fazendo a correção da acidez e se necessário aplicação de fertilizantes. Também é muito importante restringir o pastejo em períodos estratégicos respeitando o clima e o estado fenológico da planta.
Outras técnicas para recuperação de áreas degradadas é utilizar da rotação de culturas, evitando a monocultura e melhorando as características físicas e químicas do solo. Com a rotação você melhora o controle de plantas daninhas, varia na absorção de nutrientes pelas plantas, mantém o solo sempre coberto, preservando sua umidade, e principalmente protege o solo contra possíveis erosões. O uso de animais também pode ajudar a preservar o solo, como o uso de minhocas, que são pequenos animais, mas que trazem grande ajuda ao bem estar do solo, aumentando a circulação e capacidade de retenção de ar, melhorando a estrutura do solo, adicionando matéria orgânica, entre outras.
O uso de métodos de plantio também é favorável para recuperar e evitar possíveis áreas degradadas. O plantio direto sobre a palha é uma forma de deixar o solo sempre protegido e fértil. O uso de sistemas agroflorestais também é uma ótima alternativa, pois usará do solo de forma sustentável o tempo todo, integrando o uso de pastagens, culturas anuais, árvores e o pastejo de animais, concluindo o ciclo, que contribuirá nos atributos químicos, físicos e biológicos do solo, além de melhor aproveitar o espaço físico da área, e ainda, o bem estar dos animais produzindo sombra através das árvores.
Autor: Lucas Alves Teixeira