Minas Gerais poderá retomar este ano as exportações de carne bovina para a China. A informação foi dada pela embaixada do Brasil em Pequim ao secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Gilman Viana Rodrigues. O documento assinado pelo embaixador Clodoaldo Hugueney informa que o Estado foi reconhecido pelas autoridades chinesas como área livre de febre aftosa. Outros 15 estados e o Distrito Federal também obtiveram o reconhecimento, segundo os critérios da Organização Internacional de Saúde Animal (OIE). Desde 2005, a China restringiu a compra de carne bovina do Brasil após a descoberta de focos de febre aftosa no Mato Grosso do Sul. Para retomar as exportações para aquele país, os frigoríficos interessados deverão ser aprovados individualmente pela Administração Nacional de Certificação e Acreditação da China (CNCA), após apresentarem um conjunto de informações técnicas e documentos relacionados no formulário disponível no endereço www.cnca.gov.cn/cnca/extra/xzzq/00032.pdf . A documentação deverá ser encaminhada ao Ministério de Agricultura que, após análise, irá enviar as informações para a CNCA. Se os documentos foram considerados satisfatórios, o estabelecimento poderá ser credenciado imediatamente ou ainda passar por uma inspeção in loco feita por autoridades sanitárias chinesas. “A abertura do mercado chinês para a carne bovina é fundamental para o agronegócio mineiro e nacional. A China já é o terceiro principal destino das exportações do agronegócio de Minas e poderá subir de posto com a retomada das compras de carne bovina”, comenta Gilman Viana. Segundo o secretário, o Estado conta com pelo menos cinco frigoríficos em condições de serem credenciadas pela China. A pedido da embaixada do Brasil em Pequim, a Secretaria de Agricultura de Minas Gerais está informando aos frigoríficos instalados no Estado a possibilidade de voltar exportar carne bovina para o mercado chinês.