A aquisição de animais sem o exame da anemia infecciosa equina pode acabar em dor de cabeça para o criador. Em uma propriedade do município de Álvaro de Carvalho (SP) um criador de cavalos comprou oito animais fora do estado de São Paulo para revender a fazendeiros da região de Marília (SP). Mas pouco tempo depois descobriu que um deles estava com anemia equina. “Não são todos os donos que deixam fazer o exame na sua propriedade. Se der uma anemia como deu na égua aqui, é muito transtorno, muita dor de cabeça para o próprio proprietário e eles não querem isso”, diz o criador, que prefere não ser identificado. A infecção é provocada por um vírus e causa fraqueza, febre, perda de apetite e emagrecimento. A doença é difícil de ser controlada porque os sintomas podem demorar até três anos para aparecer. O problema é que, durante esse período, um animal doente pode infectar os outros facilmente. Os meios de transmissão são variados, contato com a saliva, urina, sangue ou leite. Agulhas não esterilizadas ou até mesmo um inseto podem disseminar o vírus num raio de 50 quilômetros. Segundo o técnico da Secretaria Estadual de Agricultura, Danilo Pozzer, quem cria cavalos deve tomar alguns cuidados. “É recomendado que o criador faça, pelo menos uma vez por ano, o exame de anemia infecciosa para diagnosticar possíveis positivos. E, no caso de compra de animais, antes de trazer o animal ele deve fazer o exame na origem, em vez de trazer o animal como neste caso, em que o indivíduo trouxe a doença para a própria propriedade”, recomenda Danilo. O animal doente precisa ser sacrificado e a propriedade fica interditada, sem poder fazer comercialização por, no mínimo, dois meses. A anemia infecciosa equina afeta cavalos, jumentos, burros e mulas. Conheça os nossos cursos na área de equinos e biotecnologia de equinos.