As Principais Cultivares de Milho e a Escolha da Melhor para o Plantio

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Uma dúvida muito frequente entre os agricultores que cultivam o milho é a diferença que existe entre uma variedade e um híbrido. A variedade é um milho que mantém a qualidade genética de uma geração para outra, se plantada isolada. Já o híbrido não mantém a qualidade genética de uma geração para outra, não sendo, portanto, adequada a reutilização de suas sementes em novas lavouras. Esse fato modifica a forma de tratar e multiplicar esses dois tipos de milho. No caso do milho, existem basicamente quatro tipos de híbridos:

I – Híbridos intervarietais: resultado do cruzamento entre duas variedades

II – Híbridos simples: resultado do cruzamento entre duas linhagens. Essas são obtidas por meio de seis cruzamentos artificiais em seis gerações numa mesma planta.

III – Híbridos triplos: Resultante do cruzamento de um milho híbrido simples com uma linhagem.

IV – Híbridos duplos: resultante do cruzamento de dois híbridos simples.

No mercado, as sementes mais comuns são híbridos duplos, seguidos pelos híbridos triplos. Os híbridos simples que teoricamente apresentam maior potencial genético para produção e uniformidade tem elevado custo de produção da semente e são destinados somente aos produtores que utilizam altas quantidades de insumos e de controle da cultura.

O que é melhor para o agricultor, utilizar o milho híbrido ou a variedade?

A resposta é depende, cada um deles é mais indicado para uma determinada situação. Numa agricultura altamente tecnificada, com grande uso de insumos (adubos, inseticidas, herbicidas, etc.), onde os níveis de produtividade têm de ser muito elevados para cobrir os custos de produção, não há dúvida de que se devem usar as sementes de um híbrido. Para o nível de produtividade, normalmente considerado adequado para o agricultor brasileiro, que seria de cinco a seis mil quilos de grãos/ha, existem as chamadas variedades melhoradas que seriam tão produtivas quanto qualquer híbrido. Deve-se realçar, no entanto, que grande parte dos pequenos agricultores são descapitalizados e não utilizam a tecnologia adequada.

 As escolhas dos cultivares para plantio

A escolha do cultivar a ser plantado (seja ele um híbrido ou variedade) talvez seja uma das decisões mais difíceis para o agricultor. Considerando que os diferentes tipos de cultivares apresentam grande variação, tanto no custo da semente como no seu potencial produtivo, é óbvio que a escolha do cultivar deve levar em conta o sistema de produção que o agricultor usará.

De nada adianta usar uma semente de alto potencial produtivo e de maior custo, se o manejo e as condições da lavoura não permitirem que a semente expresse o seu potencial genético. Além da produtividade, os produtores devem considerar outros aspectos do milho como resistência ou tolerância a pragas e doenças, alumínio trocável no solo, tamanho e cor do grão, empalhamento entre várias outras características.

A finalidade da utilização do milho também é muito importante, considerando se o milho vai ser destinado para produção de grãos ou para produção de silagem. A produtividade é um aspecto fundamental na escolha do cultivar, mas a estabilidade também é um fator que, cada vez mais, é considerado, principalmente para a pequena produção, em que o agricultor não pode perder um ano agrícola. É isto que caracteriza a estabilidade da produção, ou seja, cultivares estáveis são aqueles que, ao longo dos anos e dentro de determinada área geográfica, tem menor oscilação de produção, respondendo à melhoria do ambiente que ocorre em anos mais favoráveis, não tendo grandes quedas de produção nos anos mais desfavoráveis. Por vezes, é preferível optar por cultivares que apresentam produtividades um pouco menores, mas que garantam a estabilidade de produção. Em anos atípicos, com pouca chuva ou com maiores ataques de pragas e doenças, a produção não será muito afetada.

A escolha do cultivar a ser utilizado é uma das mais importantes definições para que o produtor alcance as produtividades esperadas para o nível tecnológico empregado em conjunto com as condições edafoclimáticas da região. Por isso, é indicado que o cultivar a ser utilizado seja definido por um engenheiro agrônomo que conheça essas características.

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