No agronegócio, todo produtor que depender de capital de terceiros irá sofrer com a redução de crédito. A afirmação é do secretário de Estado de Agricultura, Gilman Viana Rodrigues, ao criticar fortemente o atraso nas medidas adotadas pelo governo para apoiar a economia nacional. "Enquanto o governo achava que a crise era apenas uma marola, a economia estava com água no pescoço", ironizou Viana. De acordo com o secretário, as medidas parecem adequadas, porém não trazem nenhuma segurança para o agronegócio nacional. Para o superintendente técnico da FAEMG, Affonso Damasio, o cenário para o agronegócio mineiro continua bastante nebuloso e complexo. "É possível que este segmento demore um pouco a sentir, mas antes disso será necessário conhecer o tamanho da recessão mundial", ponderou. De acordo com Damasio, uma compensação para o cenário de sobrevalorização do dólar frente ao real poderá ser inibida pela restrição ao crédito disponível para exportação. "Não sabemos se o governo poderia suprir esse crédito em função da desaceleração do crescimento.”