Os preços das commodities, que vinham em impressionante alta até meados do primeiro semestre, passaram por uma reversão deste então, indicando para o estouro de uma possível bolha. No decorrer do último mês, mais especialmente na última semana, caracterizou-se uma "re-reversão". Assim, segundo o Financial Times, na última semana, o petróleo (brent) elevou-se 8%; o ouro, 5%; milho, 11%; trigo, 10%; soja, 8%; café, 6%; açúcar, 5%; algodão, 4%; suco de laranja, 4%2. São as maiores altas em uma semana dos últimos três anos, conforme a Bloomberg. O quê terá ocorrido nesta última semana para provocar a retomada de alta das commodities? Uma possível explicação vincula essa mudança a uma revisão de expectativas a respeito do crescimento mundial. O mercado havia se convencido de que a aceleração inflacionária iria forçar as principais economias (em termos de crescimento) a pisar no freio. A expectativa era de que, terminada a Olimpíada, a China iria conter o ritmo de crescimento visando controlar a inflação, que parecia preocupar as autoridades daquele país.