Da Agência Brasil Integrantes do MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, ocuparam, no fim da manhã de hoje (21), as superintendências do Incra – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, em São Paulo, no Ceará, na Paraíba e no Maranhão. Segundo informações do escritório nacional do movimento, é possível que novas ocupações ocorram ainda hoje. De acordo com a página do MST na internet, o objetivo das ações é chamar a atenção para “a recusa do governo federal em tratar da reforma agrária”. Em São Paulo, de acordo com o MST, cerca de 400 militantes ocuparam a sede da superintendência regional. Na Paraíba, 800 sem-terra estão na sede do Incra e, no Maranhão, o número ainda não foi informado. Em São Luís, os integrantes do MST pedem o envio de um representante nacional do instituto para que seja possível avançar nas negociações. Eles prometem permanecer acampados no local enquanto não obtiverem uma resposta. O escritório nacional do Incra informou, por meio da assessoria de imprensa, que não deve se posicionar sobre o assunto porque as reivindicações costumam ser regionais, e cada superintendência deve responder por si. Ainda não há posicionamento oficial do Incra no Maranhão. Já em João Pessoa, a reivindicação é o assentamento das mais de 2,6 mil famílias acampadas no estado, além de investimento publico para crédito rural e infra-estrutura nas áreas de assentamentos. Na capital paulista, o MST pede a revogação de uma medida provisória que impede a vistoria e desapropriação de propriedades rurais ocupadas. “A MP 2.027-38, editada em maio de 2000, tem como objetivo reverter o número de ocupações de terra no país. O MST exige a revogação dessa MP, que é totalmente contrária aos avanços da reforma agrária”, diz o texto divulgado no site do movimento.