Aparelho locomotor de cavalos: anatomia, fisiologia e quais cuidados

Aparelho locomotor de cavalos

Quando falamos de equinos, alguns cuidados devem ser de conhecimento dos profissionais que desejam ingressar na especialidade ou que buscam atualização frequente. Entre os assuntos que mais merecem atenção está o aparelho locomotor de cavalos.  

De maneira geral, os equinos são animais propensos a acidentes e não são raras as situações que se machucam devido a força física, ao tamanho e ao temperamento. Principalmente no caso de atletas, quando a atenção deve ser redobrada. Além disso, algumas afecções também podem afetar a saúde locomotora. Portanto, o entendimento sobre a fisiologia e a anatomia equina serve como um aliado nos cuidados desta região.

Veja a seguir como proporcionar maior bem-estar aos equinos evitando que sejam afetados pelas principais patologias locomotoras.

Anatomia e fisiologia do aparelho locomotor de cavalos

A fisiologia do sistema locomotor é caracterizada pela atribuição aos movimentos do corpo. Bem como em outros mamíferos, o aparelho locomotor dos equinos é distribuído em ossos, articulações, cavidades sinoviais, tendões, ligamentos, músculos, vasos, nervos e cascos. Além disso, também fazem parte do aparelho os membros torácico e pélvico e os contribuintes axiais para a locomoção. 

O membro torácico é composto por quatro segmentos principais e são responsáveis por suportar 60 a 65% do peso do animal. O pélvico também é composto por quatro segmentos principais. Já a região axial constitui a coluna vertebral, a musculatura hipaxial e epaxial, e os ligamentos. 

Dada a importância desse sistema e a grande ocorrência de problemas encontrados na clínica médica de equídeos, faz-se necessário identificar as afecções e traumas que são os de maior prejuízo econômico para os criadores. 

Afecções mais comuns no aparelho locomotor equino

As patologias relacionadas ao aparelho locomotor podem ter origem traumática, congênita ou erros de manejo, como a nutrição, bem como ocorrer isoladamente ou envolver mais de uma estrutura. 

Dentre os problemas que mais acometem estes animais destacamos: 

  • Osteíte
  • Tenossinovite
  • Tendinite
  • Laminite
  • Claudicação

A osteíte podal é uma inflamação no casco que tem os inícios dos sinais clínicos marcado pela claudicação de membros anteriores uni ou bilaterais. Esta afecção geralmente está relacionada com algum tipo de lesão, trauma ou perfuração na região solar do casco. 

Já a tenossinovite é a inflamação dos tendões e da bainha sinovial, que pode estar relacionada ao esforço físico excessivo ou irregularidade dos cascos. Essas ações provocam o estiramento das fibras colágenas paralelas dos tendões, resultando em lesão da fibra acompanhada de ruptura de vasos e hemorragias.

Outras inflamações bastante comuns também, são a tendinite e a laminite. A primeira é uma patologia bem grave que atinge os tendões. Esse tipo de lesão causa dores agudas, penetrantes e, em casos mais graves, podem estar acompanhadas de fibrose.

No caso da laminite, acontece uma inflamação das lâminas responsáveis por fixar o casco no osso mais distal da pata dos equinos. O maior problema da enfermidade é ela ser sistêmica, podendo refletir em outros órgãos. 

Por fim, a claudicação, popularmente conhecida como manqueira, é um distúrbio ósseo-muscular derivado de um distúrbio estrutural ou funcional que, sem dúvidas, está entre os mais frequentes na equinocultura. O problema é normalmente identificado a partir da observação da alteração na postura e/ou locomoção do cavalo.

Importância dos cuidados 

Problemas que envolvem o aparelho locomotor são uma das principais causas de afastamento de cavalos de suas atividades, sobretudo aqueles que são atletas ou que trabalham com o transporte de cargas. Entretanto, a melhor maneira para evitar a retirada de um animal da sua atividade e ter gastos extras com medicamentos, é a prevenção. 

Cuidar desta região é garantir mais longevidade, desempenho atlético, bem-estar e lucratividade no mercado. Por este motivo, é imprescindível investir em manejo adequado, adotando as medidas necessárias e tendo conhecimento em patologias. 

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Fontes: Escola do Cavalo,FMVZ-USP,  MARANHÃO, R. P. A, FRANÇA, V. M, Meus Animais, Shop Veterinário 1, Shop Veterinário 2.

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