Câmara debate Indicação Geográfica para o cacau

A implementação do Sistema de Indicação Geográfica para o setor cacaueiro foi discutida nesta quinta-feira (17), em Brasília, durante reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Agronegócio do Cacau. Entre as vantagens da IG estão a agregação de valor ao produto, o desenvolvimento regional, reconhecimento internacional e garantia de origem e características do produto. A coordenação de Incentivo à Indicação Geográfica de Produtos Agropecuários, da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo (SDC) citou experiências bem sucedidas com a adoção da IG, como Cachaça de Paraty e o Queijo de Minas. Para Aguinaldo José de Lima, assessor especial do ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, é importante que as câmaras discutam assuntos estruturais e estratégicos que contribuem para a competitividade da cadeia produtiva. “Esse é o caso da Indicação Geográfica, que está relacionada às questões de inovação e pesquisa, em que os setores começam a se organizar e a analisar as demandas de inovação tecnológica”, ressaltou. De acordo com o presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Agronegócio do Cacau, Fausto Lavigne Soares Pinheiro, a estimativa de produção é de 130 mil toneladas de cacau neste ano, e o estado da Bahia é responsável por 65%. “São 250 anos de logística construída em estradas, porto, aeroporto e profissionais capacitados atuando no setor. Nas safras, o agronegócio cacau é a atividade econômica que mais gera emprego no sul da Bahia, fixando cerca de 300 mil homens no campo”, explicou. A política de preços mínimos para o cacau será apresentada pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) na próxima reunião da Câmara, prevista para setembro. “A implementação de preços mínimos para o setor cacaueiro será importante para protegermos o produtor por meio de níveis mínimos de preços, o que não trará prejuízos para a remuneração da atividade”, enfatizou Pinheiro.

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